sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Citações (6) - Napoleão Bonaparte

"A arte de ser ora audacioso, ora prudente, é a arte de vencer."

Napoleão Bonaparte

Fonte: Revista Dirigir (nº112 Out. a Dez. de 2010)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

As marcas da nossa vida (8) - O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo


O nome é ambicioso, mas quem provou parece comprovar que efectivamente o famoso bolo faz justiça à sua denominação.
O bolo, aclamado de melhor do mundo, surgiu na mente do seu criador, Carlos Braz Lopes, após uma visita a Paris onde provou um bolo de chocolate que achou magnífico e diferente do habitual. Regressado a Lisboa, tentou recriar a receita, embora não com o sucesso desejado. Mas o processo criativo culminou numa receita própria e única que actualmente é um caso de sucesso e de empreendedorismo em Portugal.
No Mercado de Santa Clara, restaurante localizado ao pé da Feira da Ladra, no bairro lisboeta de Campo de Ourique e propriedade de Carlos Braz Lopes, o bolo começou a ser servido como sobremesa e já na altura era apelidado de “o melhor do mundo”. Os clientes gostaram e o nome pegou, e o seu criador decide levá-lo para outro projecto seu ligado à culinária, o Cozinhomania, onde são organizados cursos de cozinha, e onde o bolo começou também a ser vendido.
A crescente procura do famoso bolo levou a que a marca se tornasse autónoma e desse origem, em 2001, a um café com o mesmo nome também em Campo de Ourique, onde o bolo é comercializado. Com a criação deste espaço, a marca ganhou ainda mais reconhecimento e a procura crescente levou à expansão do negócio e da fábrica, pois as antigas condições já não eram suficientes para atender tantos pedidos. Na loja são vendidas algumas dezenas de bolos por dia, podendo chegar aos 200 ao fim-de- semana.
A receita, apesar de simples (camadas de merengue e mousse com cobertura de chocolate, sem a utilização de farinha ou fermento), tem um toque secreto, apenas conhecido pelo criador e pelas cozinheiras, que têm de assinar um contrato de confidencialidade para ingressar na empresa. Carlos Braz Lopes afirma ainda assim, em entrevista à revista Dirigir (nº 112, de Out. a Dez. de 2010), que “o segredo está na qualidade; procuro que tenha exactamente a mesma qualidade com que começámos.”.
Actualmente, o bolo de chocolate já pode ser também provado fora de Portugal, uma vez que o crescimento da procura levou à expansão do negócio além fronteiras, sendo já comercializado no Brasil, Madrid e Nova Iorque.


domingo, 5 de dezembro de 2010

Citações (5) - Andrew Carnegie

"Ninguém será um grande líder se quiser fazer tudo sozinho, ou ter todos os louros por o ter feito"

Andrew Carnegie

Fonte: Citador

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pub por Pub (9)



Quando pensamos em hooligans, as primeiras imagens que nos vêm à memoria tendem a ser imagens associadas ao futebol, sobretudo em Inglaterra, e imagens também elas nem sempre as mais pacíficas e ordeiras.
Aproveitando esta imagem, e o facto de que para esses adeptos o futebol é a maior, senão mesmo a única paixão, a Puma criou este anúncio para a sua campanha Hardchorus, colocando um grupo de hooligans ingleses a entoar uma canção romântica no interior de um dos tradicionais pubs onde acontecem os encontros antes dos jogos.
Esta campanha foi lançada por ocasião do dia dos namorados, para que os verdadeiros adeptos não tivessem q ue decidir entre o seu clube e os seus entes queridos, podendo ir ao jogo e dedicar esta tão romântica mensagem e assim atenuar a sensação de ter sido deixada(o) por um jogo de futebol em pleno dia dos namorados.
Uma ideia original e criativa, feita a pensar nos adeptos futebolísticos para os quais o futebol aparece em primeiro lugar na lista de prioridades, que não deixa ninguém indiferente, já que não é todos os dias que vemos tão temível grupo de adeptos a entoar tão afinadamente uma canção amorosa.

sábado, 20 de novembro de 2010

As marcas da nossa vida (7) - M&M's

Quem pode dizer que nunca teve um momento mais doce graças aos M&M’s? É essa a magia dos conhecidos chocolates, que fazem parte da vida de milhões de fãs por todo o mundo, apesar de se tratar de um chocolate e trazer consigo as nem sempre desejadas calorias extra.
A saga dos tão conhecidos e adorados “chocolate candys”, como são apelidados, começou no final da década de 30 do séc.XX , durante a Guerra Civil de Espanha.
Ao longo do conflito, um americano, Forest Mars Sr., desloca-se até Espanha e encontra-se com alguns soldados que estavam a comer pequenos pedaços de chocolate envoltos numa cobertura de açúcar rígida, o que fazia com que estes não se derretessem nas mãos. Mars achou a ideia curiosa e, quando voltou aos Estados Unidos, desenvolveu a receita.
Em 1941, a marca foi patenteada como M&M’s, sigla de Mars & Murrie, em honra do fundador Forest Mars e do seu sócio no produto, R. Bruce Murrie. Ainda nesse ano, os chocolates começaram a ser comercializados nos Estados Unidos mas onde fizeram realmente furor no seu primeiro ano de vida foi na Europa, já que as tropas americanas estacionadas no Velho Continente a travar a 2ª Guerra Mundial escolheram os M&M’s como parte integrante das suas rações (o que ainda hoje acontece), pois eram um pequeno lanche pronto a ser ingerido em qualquer cenário e, como não derretiam, eram resistentes a todos os tipos de clima.
Primeiramente, eram comercializados em tubos de cartolina e só em 1948 passaram a vir nos pequenos sacos castanhos onde ainda hoje são vendidos os M&M’s originais.
Em 1950, foi adicionada ao “snack” outro traço característico, o “m” branco em cada pedaço.
Os M&M’s eram já um sucesso nos Estados Unidos quando, em 1954, fizeram a sua estreia publicitária na televisão, onde foi lançado o slogan “Melts in your mouth, not in your hands” ou seja, “Derrete na sua boca, não nas suas mãos”, em alusão a uma das suas principais características, o facto de não derreter.Enquanto hoje, quando pensamos em M&M’s, nos vem logo à imagem as cores sortidas dos pequenos chocolates, a verdade é que, até 1960, a única cor era o castanho, tendo nesse ano sido introduzidas outras três cores, o amarelo, o vermelho e o verde, e para que outra cor fosse acrescentada foram precisos mais 16 anos, quando, em 1976, o laranja se juntou também à família M&M’s.
Após se ter tornado um produto de culto nos Estados Unidos, a internacionalização da marca deu-se em 1980, chegando a 16 países um pouco por todo o mundo, como a Austrália, Itália, Reino Unido, Canadá, Japão ou Hong Kong. Em 1982, os M&M’s expandem-se novamente, mas agora para fora do planeta, visto que foram também incluídos nas rações para as primeiras missões espaciais do space shuttle. Esta deslocação ao espaço fez com que os M&M’s estejam agora em exposição permanente no Museu do Ar e Espaço do Smithsonian Institute, em Washington DC.
O número de aficionados aumentou assim consideravelmente e, em 1995 foi adicionada uma nova cor, o azul, por votação dos consumidores. Dois anos depois, em 1997, abriu o primeiro M&M’s World, em Las Vegas, uma autêntica megastore onde estão disponíveis desde os habituais chocolates até vestuário e vários outros produtos de merchandising. Actualmente, existem duas lojas deste tipo para além da de Las Vegas, uma situada em Orlando e outra em Nova Iorque.
Em 2002, foi adicionada outra cor, também por votação dos consumidores, tendo o roxo vencido desta vez.
Assim, os M&M’s são uma das marcas mais reconhecidas do mundo, atingindo uma produção diária de 400 milhões de M&M’s nos Estados Unidos, fazendo parte do Grupo Mars, em honra do seu fundador, grupo do qual também fazem parte outras insígnias como o Mars, o Snickers, os chocolates Dove, Skittles, Bounty, entre outras.



Fontes utilizadas:
Site oficial M&M's
Site Oficial Mars

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Citações (4) - Humberto Barbosa

"Nunca investir em coisas cuja rentabilidade não dependa directamente do meu talento. Nunca investi na bolsa, ações ou depósitos a prazo."


Humberto Barbosa, fundador das Clínicas do Tempo e Persona,
em resposta à pergunta "Qual a sua regra de investimento?"
Expresso ("Revista Única", nº1984), 6 de Novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

Portugueses em alta

Todos os dias recebemos notícias menos agradáveis sobre a actual situação económica e financeira do país, perspectivando-se tempos ainda piores a avizinharem-se. No entanto, um pouco em contraste com este estado caótico, há também novidades acerca de personalidades portuguesas que enaltecem o facto de em Portugal haver também grandes individualidades nessas mesmas áreas.
Nos últimos tempos, António Borges foi nomeado director do departamento europeu do FMI, e António Horta Osório aceitou tornar-se o novo CEO do Lloyd’s Bank, o maior banco de retalho na Inglaterra e um dos maiores do mundo.

António Borges tem sido uma das mais reconhecidas figuras portuguesas na área da Economia nos últimos anos, com carreira académica notável, tendo leccionado na Universidade Católica Portuguesa, na Universidade de Stanford nos Estados Unidos e ainda no INSEAD, universidade da qual foi reitor entre 1993 e 2000. Foi ainda vice-governador do Banco de Portugal e membro do conselho de administração de várias empresas e instituições ligadas á área económica.
Agora atinge um novo patamar, tornando-se o responsável pelo FMI na Europa, substituindo o polaco Marek Belka, que abandonou o cargo para assumir a presidência do banco central do seu país. Segundo a imprensa, Dominique Strauss-Kahn, presidente do FMI, considerou que António Borges reúne uma grande experiência académica, mas também no sector público e privado, perfilando-se assim como a pessoa ideal para o cargo.
Esta notícia aparece também em bom plano para Portugal, pois, numa altura em que uma nova intervenção do FMI na nossa economia é um cenário cada vez mais provável, o facto de ser alguém com um profundo conhecimento do panorama económico português a organizá-la pode ser bastante positivo.

António Horta Osório, gestor português licenciado na Universidade Católica e com um MBA no INSEAD, tornou-se o novo CEO do Lloyd’s Bank, a convite do próprio ministro das Finanças britânico, uma vez que o Estado inglês teve que intervir neste banco quando se instalou a crise económica.
Assim, Horta Osório mantém-se no topo da hierarquia bancária inglesa, deixando o grupo Santander, onde tinha construído uma carreira notável nos últimos 18 anos. No seio do grupo Santander, António Horta Osório esteve já em Portugal, no Brasil e estava em Inglaterra desde 2006. Para além disso, era já apontado como o mais provável sucessor do actual administrador delegado do grupo espanhol Alfredo Sáenz, e, num futuro próximo, para liderar o banco espanhol como braço direito de Ana Patrícia Botín (que agora o substitui na liderança do Santander UK), filha de Emílio Botín, o presidente do grupo Santander.
Ainda assim, Horta Osório decidiu abraçar um novo desafio e permanecer no Reino Unido, também por razões familiares, uma vez que a continuidade no Santander e a hipotética subida na hierarquia do banco espanhol o iriam provavelmente obrigar a uma mudança para Madrid.
No Lloyd’s Bank, a sua missão será a de “arrumar a casa” e tentar recuperar o colosso britânico após a grave crise económica e financeira que se abateu também sobre a banca, de maneira a criar valor e regressar aos lucros para que o dinheiro que o Governo foi obrigado a investir no Lloyd’s possa ser devolvido, de preferência com lucro, aos contribuintes.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pub por Pub (8)



Por vezes, a publicidade, fazendo uso do seu enorme poder sobre as massas, também transmite informação não só sobre um ou outro produto, mas também sobre causas. A que se apresenta neste anúncio, da organização ambientalista portuguesa Quercus, é sobre uma das causas que mais preocupação e atenção tem merecido na última década (embora ainda não suficiente) pelo impacto que se prevê que venha a ter no nosso planeta e na nossa forma de viver – o aquecimento global.
Aqui, são então retratadas três espécies animais a desistirem da sua vida, visto que o seu habitat e, consequentemente, as suas condições necessárias à sobrevivência foram destruídas pela actividade humana e pelo aumento da temperatura global. Assim, aparece o slogan final “Se nós desistirmos, eles desistem”, em alusão à dificuldade que a população e os líderes mundiais têm tido em encarar o aquecimento global como um problema real, sério e crescente.
Desta forma, num anúncio triste e algo emotivo, mas que constitui uma poderosa forma de sensibilizar os espectadores para uma causa, a Quercus chama-nos a atenção para a estrondosa missão que temos em mão de salvar o planeta em que vivemos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Leituras (3) - "Economia Portuguesa, as últimas décadas" de Luciano Amaral



Recentemente, a Fundação Francisco Manuel dos Santos (que apresenta como objectivo principal a promoção e o estudo da realidade portuguesa, sendo responsável por vários projectos, como o portal Pordata) lançou um conjunto de estudos precisamente sobre a realidade portuguesa em várias áreas, desde a educação à economia, passando ainda pela justiça fiscal.
Um desses ensaios, da autoria de Luciano Amaral, intitula-se Economia Portuguesa, as últimas décadas, e faz uma análise do que tem sido a economia portuguesa pós-25 de Abril, e de quais têm sido os principais problemas, mas também virtudes da nossa economia nestes últimos 35 anos, responsáveis pelo estado em que hoje nos encontramos.
O livro faz assim um retrato detalhado dos acontecimentos económicos que colocaram Portugal na difícil situação em que se encontra actualmente, dando como exemplo o descalabro em termos de aumentos salariais em 1975, a fraca produtividade dos trabalhadores portugueses face aos seus salários, a entrada no euro e as condições que se têm criado para a expansão do sector não transaccionável da economia como algumas das principais razões para o descontrolo económico do país durante grande parte das últimas décadas. É ainda feita uma análise à relação existente entre a educação e o desenvolvimento económico, aposta que em Portugal não tem tido os efeitos pretendidos. Apesar de tudo, ao longo do livro vemos também que em Portugal também tem havido boas práticas económicas que nos levaram a bons ritmos de crescimento sobretudo no início dos anos 90, e que chegaram a catapultar a nossa economia como um caso de sucesso e de estudo.
Apesar de se tratar de um livro de economia, todo o texto está escrito de uma maneira bastante acessível, onde não abunda uma linguagem demasiadamente técnica, ou seja, que pode ser lido facilmente por qualquer pessoa sem grandes conhecimentos na área económica, havendo inclusive, um glossário no final onde estão presentes as definições dos poucos termos menos acessíveis utilizados na obra.


Sublinhados:
“A importância do Estado para o aumento do investimento no país é indubitável. Mais problemática é a qualidade desse investimento.”

“Por vezes a relação é estabelecida de forma quase directa: mais educação seria igual a mais crescimento económico. Sem negar a importância da formação escolar, veremos mais adiante que, tanto a nível social como económico os seus efeitos benéficos são um pouco menos óbvios. Eis algo que, entre outras coisas, tem consequências para a própria política educativa, nomeadamente quando tanta esperança é colocada na relação directa entre gasto público e aumento dos níveis educacionais.”

“Curiosamente, esta actividade permanente acaba por representar um obstáculo à capacidade do Estado-Providência para cumprir o objectivo da igualdade de rendimento. É que o frenesim reivindicativo a que se sujeita conduz à criação de especialistas em reivindicação, cuja tarefa é obterem as melhores condições de remuneração possíveis. Só que estes especialistas não correspondem necessariamente aos mais carentes, mas apenas aos mais capazes de negociar.”

sábado, 16 de outubro de 2010

As marcas da nossa vida (6) - H3

Os cada vez mais populares hambúrgueres da cadeia h3 são já um dos mais bem sucedidos casos de empreendedorismo em Portugal. Responsável por trazer para o mundo das cadeias alimentares um conceito ainda em expansão, o do hambúrguer gourmet, o grupo português vai crescendo a olhos vistos desde a sua criação, em 2007.
A ideia foi obra de três amigos, Albano Homem de Melo (ex-publicitário), António Cunha Araújo (ex-advogado) e Miguel Van Uden (ex-mediador imobiliário). A experiência que serviu de lançamento para o h3 foi o Café 3, aberto pelos 3 amigos no Tivoli Fórum, em Lisboa, no ano de 2004. O conceito do café era servir boas refeições, a preços acessíveis e de forma rápida, e já nessa altura os hambúrgueres eram uma das especialidades da casa. A experiência adquirida no Café 3 permitiu aos três sócios lançarem-se para novos planos, e surgiu assim, após um ano de planeamento, a primeira loja h3 no Monumental, também em Lisboa, no ano de 2007.
Apesar de parecer difícil introduzir mais uma marca no já saturado mercado das refeições rápidas em Portugal, sobretudo na área dos hambúrgueres, o conceito de “not so fast food” fez sucesso desde o início, pois tratou de responder a duas das principais preocupações da maior parte dos seus clientes: a falta de tempo para refeições mais completas, mas também a preocupação em tentar fazer uma refeição o mais saudável possível nesse curto espaço de tempo.
Três anos volvidos e o sucesso da ideia é notório em muitos dos centros comerciais do país, contando a cadeia já com cerca de 30 restaurantes e 400 empregados. Este crescimento repentino da marca surpreendeu os fundadores, que, mesmo com o aumento da procura, procuram ao máximo que os produtos que servem sejam da máxima qualidade e de origem portuguesa, embora esta seja uma tarefa difícil, como refere António da Cunha Araújo em entrevista à revista Marketeer (nº 163, Fevereiro de 2010): “Não esperávamos crescer tão rapidamente, (…) O que queremos é garantir que servimos o mesmo hambúrguer em qualquer lado, ou seja, que terá a mesma composição. Mas será impossível que, no futuro, todos os novilhos sejam portugueses.”
Sendo um conceito inovador, a expansão da marca além fronteiras é já uma possibilidade, sendo os mercados espanhol e brasileiro os principais candidatos a receber o h3 num futuro próximo, tendo, no entanto já havido contactos de várias outras partes do mundo para expandir o conceito.
O h3 é assim, um exemplo empresarial em Portugal, responsável por revolucionar o mercado das refeições rápidas, revolução presente no slogan da marca acerca do hambúrguer, que diz: “Nasceu em Hamburgo, tornou-se popular em Nova York e gourmet em Portugal”.


H3 Tuga

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pub por Pub (7)




A Nike é uma das marcas mais reconhecidas a nível mundial, sendo um dos colossos quando se fala de vestuário desportivo. Para além de patrocinar várias equipas desportivas e eventos, a etiqueta americana é também conhecida pelos seus anúncios publicitários.
Estes anúncios da Nike tornaram-se famosos por serem divertidos, originais, e também por contarem quase sempre com a presença de alguns astros do desporto patrocinados pela Nike, muitas vezes a executarem manobras e peripécias que não estão ao alcance de todos.
Desta forma, aqui fica um anúncio da Nike, mas que não conta com nenhuma estrela desportiva, que não tem grandes momentos “televisivos”, mas que mesmo assim conta com o habitual humor da marca. Aliás, o principal elemento a destacar neste anúncio é que foi rodado na cidade de Lisboa, deixando assim um toque português (desta vez não futebolístico) no reportório publicitário da marca.
Durante um anúncio, podemos ver um desportista que decide fazer uma pausa na sua corrida e repor energias com um belo cachorro, quando o carro do vendedor ambulante descai e começa a fugir por uma das inúmeras descidas lisboetas. No final do anúncio, e após muito esforço, o corredor lá atinge a sua meta, o condimento desejado, e tudo isto porque tinha uns Nike calçados. Foi à beira-Tejo que o reencontro aconteceu, mesmo a tempo de ser lançada mão ao condimento antes que o carro fosse parar à água… e o deslizar do veículo dos cachorros fez justiça às colinas de Lisboa!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Citações (3) - Millôr Fernandes

"O que o dinheiro faz por nós não é nada em comparação com o que a gente faz por ele."
Millôr Fernandes
(citado em Jornal de Negócios, 4 de Outubro de 2010)

sábado, 2 de outubro de 2010

Renova Black chega ao Insead


Apesar das constantes más notícias relativas ao nosso país e da habitual desconfiança dos portugueses nas marcas nacionais, surgem, por vezes, notícias animadoras sobre a projecção que estas mesmas marcas atingem no exterior.
Desta vez é a Renova, marca de papel higiénico oriunda de Torres Novas, que se destaca, importância que se deve ao facto de a Renova ser, a partir de agora, o primeiro caso de estudo português na área do marketing (o BCP já era caso de estudo na área da banca de retalho) da conceituada escola de Gestão Insead, em Fontainebleau, nos arredores de Paris.
O motivo de estudo é o sucesso que a marca obteve com a inovadora ideia de lançar o primeiro papel higiénico preto, o Renova Black, em 2005. Desde então, o Renova Black já vendeu cerca de 10 milhões de unidades, fazendo sucesso também lá por fora e merecendo destaque em jornais como o The New York Times ou o El Mundo.
Agora, após o sucesso de vendas, chega a uma das mais reputadas escolas de Gestão do mundo pela mão de uma aluna portuguesa de MBA no Insead, que, no âmbito de um trabalho para a cadeira de Gestão de Marca, quis pegar em algo que fosse português, para deixar uma marca lusa na Universidade francesa.
Segundo Pierre Chandon, professor no Insead, o projecto destaca-se ainda mais pelo facto de a Renova ser ainda uma empresa familiar, com um orçamento reduzido, que conseguiu deixar a sua marca e tornar-se um exemplo em termos de inovação.

domingo, 26 de setembro de 2010

Marcadores (1) - Adam Smith



Adam Smith nasceu em Kirkcaldy, na Escócia, no ano de 1723. Frequentou a Universidade de Glasgow e, posteriormente, a de Oxford até 1746, tendo efectuado os seus estudos na área da Filosofia Moral.
Em 1751, iniciou a sua vida académica como professor, também na Universidade de Glasgow, onde leccionou precisamente a cadeira de Filosofia Moral. Para além das obrigações académicas, Smith desenvolveu importantes investigações em teorias na sua área, sendo, a par de David Hume, seu amigo e colega filósofo, uma das principais figuras do iluminismo escocês. As suas investigações culminaram numa importante obra deixada na área da Moral.
Em 1762, Smith abandonou a carreira docente e tornou-se tutor do jovem Henry Scott, Duque de Buccleuch. Com o seu tutorando, percorreu então a Europa durante quatro anos, tendo tido a possibilidade de privar com outros grandes intelectuais da sua geração, como Voltaire, Benjamin Franklin, D’Alembert, entre outros.
Adam Smith desenvolveu ainda grande interesse pelos assuntos económicos, área de estudo a que se começou a dedicar ainda em Glasgow, tendo publicado em 1776 um dos livros de maior relevo na Economia, An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations, ou simplesmente The Wealth of Nations (A Riqueza das Nações), livro que teve desde logo um enorme sucesso e que fez com que Adam Smith fosse apelidado como o “Pai da Economia”.
Nessa altura, mudou-se para Edimburgo, cidade onde acabou por falecer em 1790.



Monumento a Adam Smith, em Edimburgo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

As marcas da nossa vida (5) - Hard Rock


O Hard Rock Cafe tornou-se um verdadeiro ícone na cena musical, não só pelos curiosos e característicos cafés espalhados um pouco por todo o mundo, mas também pelas famosas t-shirts, que foram cimentando o seu lugar como um dos souvenirs de eleição das nossas viagens.
O primeiro Hard Rock Cafe abriu as suas portas em Londres, a 14 de Junho de 1971, ideia de dois americanos, Isaac Tigrett e Peter Morton. O conceito era o de um restaurante com uma atmosfera descontraída e fiel ao rock n’ roll, servindo comida tipicamente americana, a preços moderados.
Mas o seu percurso como autêntico museu do Rock começa em 1979, quando Eric Clapton, um dos maiores vultos musicais de sempre, e habitual cliente do restaurante em Londres, sugeriu que a sua mesa preferida fosse marcada com uma placa, de forma a estar sempre reservada. Isaac Tigrett sugeriu então que a mesa fosse marcada antes com uma guitarra do artista, e assim aconteceu, Eric Clapton doou uma guitarra Fender Lead II, que ainda se encontra no café londrino, a sua localização original.
Esta oferta foi a precursora da actual colecção, e responsável por trazer ao café um novo artigo, por motivos, podemos dizer, de ego. Pete Townshend, guitarrista dos The Who, incomodado por apenas Clapton ter direito ao seu espaço no café, e também devido ao elevado estado de alcoolemia em que se encontrava no momento, enviou para o Hard Rock uma guitarra Gibson Les Paul modificada pelo próprio, acompanhada de uma pequena nota que dizia “Mine’s as good as his! Love, Pete”, ou seja, “A minha é tão boa como a dele! “, estando então as bases lançadas para aquela que é actualmente a maior colecção mundial de artigos ligados à história do rock n’ roll, a chamada rock 'n' roll memorabilia.
A marca manteve-se apenas em Londres até 1982, quando os dois sócios decidiram separar-se e criar os seus próprios Hard Rock Cafés e proceder à internacionalização do conceito. Peter Morton começou por abrir estabelecimentos em Los Angeles, São Francisco, Chicago e Houston, enquanto que Isaac Tigrett espalhou os Hard Rock Cafés por Nova Iorque, Dallas, Boston, Washington D.C., Orlando, Paris e Berlim.
Com a marca já implementada em alguns dos principais mercados mundiais e com perspectivas de expansão, não tardou até que grandes grupos económicos se interessassem pelo Hard Rock. Assim, em 1988 o grupo Mecca Leisure (grupo britânico ligado ao jogo), adquire a parte de Isaac Tigrett. Em 1990, o também britânico grupo Rank Group, igualmente ligado ao jogo, adquire a Mecca Leisures e, consequentemente, uma parte do Hard Rock. Nos anos seguintes, o grupo adquire ainda o Hard Rock América ao outro fundador, Peter Morton e o Hard Rock Canadá a Nick Bitove, garantindo assim controlo total da marca e da sua propriedade.
Desta forma, a marca Hard Rock expandiu-se ainda mais, chegando a 2005 com dezenas de cafés propriedade do próprio Rank Group, outros tantos em regime de franchising e seis Hard Rock Hotel e Casino, representando nessa altura o Hard Rock cerca de 30% dos lucros do grupo britânico.
Em Dezembro de 2006, o Hard Rock mudou novamente de mãos, sendo vendido à Seminole Tribe of Florida (Tribo Seminole da Flórida), uma comunidade índia da tribo Seminole originária da Flórida, com um vasto império ligado também ao jogo, sobretudo aos tradicionais Indian Casinos, e que administrava já os dois hotéis Hard Rock que existiam na Flórida. O negócio incluiu 124 Hard Rock Cafés, quatro hotéis, dois Hard Rock Hotel e Casino e ainda outros negócios em que o Hard Rock tinha parte, bem como os cerca de 70000 artigos que compõem a colecção musical da marca, tendo sido este negócio avaliado em cerca de 965 milhões de dólares, deixando apenas de fora o Hard Rock Casino em Las Vegas, bem como a propriedade intelectual da marca em alguns países, bens que já não pertenciam ao Rank Group no momento da venda.
Actualmente, o Hard Rock é uma das marcas mais conhecidas globalmente, contando já com cerca de 130 cafés por todo o mundo, bem como 14 hóteis/casino, estando já presente em Portugal, com o Hard Rock Café em Lisboa, aberto em 2003.


Guitarra Fender Lead II de Eric Clapton - A 1ª da colecção



Guitarra Gibson Les Paul de Pete Townshend

Fontes utilizadas: Hard Rock Cafe site oficial, USA Today

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pub por Pub (6)



Será a mostra de uma nova casa motivo para tanta gritaria? Segundo a cerveja holandesa Heineken, pode ser, fazendo a marca questão de o demonstrar neste criativo anúncio publicitário onde o sentido de humor também não foi deixado de parte.
Está então uma alegre dona de casa a mostrar a sua habitação às suas amigas, quando chegam à parte que qualquer mulher adora, o roupeiro, ficando as quatro senhoras em estado de histeria com o tamanho e o recheio do roupeiro em avaliação. Acontece que, a certa altura, os seus gritos são ultrapassados pelos dos maridos, que observavam o “roupeiro” do anfitrião, completamente forrado a Heineken, para grande alegria (ou histeria até) dos quatro amigos.
Desta forma, a Heineken introduz um novo capítulo na já rica e controversa guerra dos sexos, deixando no ar uma questão. Será que a paixão dos homens por uma Heineken fresca supera mesmo a paixão das senhoras pelas suas roupas? As questões de género ajudam?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

As 50 marcas mais valiosas da actualidade


Na edição publicada a 30 de Agosto da revista americana Forbes, aparece, num artigo da autoria de Kurt Badenhausen uma lista das 50 marcas mais valiosas da actualidade.
Esta lista, apesar de consumar apenas alguns factos que já não são grande novidade acerca do poderio e do valor de muitas da maiores marcas mundiais, permite-nos tirar algumas conclusões.
Conseguimos ter sobretudo uma visão mais global e competitiva do mundo das marcas, sendo fácil de observar quais os sectores onde os consumidores têm apostado cada vez mais, e podemos conhecer a importância que esses sectores têm ganho nas nossas vidas. É o caso, por exemplo, do sector da informática e das novas tecnologias, que conta com 15 marcas entre as 50, das quais 4 estão nos primeiros 5 lugares, bem como outros sectores bem presentes, como o dos serviços financeiros.
O primeiro e principal critério utilizado para calcular o valor de cada marca foi o “Earnings before interest and taxes”, ou EBIT, ou seja, o resultado antes de encargos financeiros e impostos, vulgarmente conhecido como Resultado Operacional. A este resultado foram feitas depois reduções e outros cálculos, como impostos.
Na lista notam-se alguns traços de parcialidade, sobretudo por ter sido elaborada por uma revista norte-americana, afirmando a Forbes que apenas contou com marcas presentes no mercado americano, pois, segundo a revista, qualquer marca, para ser verdadeiramente global, tem de estar presente nos EUA, o que não deixa ainda assim de ter o seu fundamento. Desta forma, os EUA lideram destacadamente a lista, com 33 marcas entre as 50, aparecendo o Japão em segundo lugar, com 4, salientando-se ainda que as 50 marcas são originárias de apenas 10 países.


Lista das 50 marcas:

1. Apple (Hardware, EUA)
2. Microsoft (Software, EUA)
3. Coca-Cola (Bebidas, EUA)
4. IBM (Software e Serviços, EUA)
5. Google (Internet, EUA)
6. McDonald’s (Alimentação, EUA)
7. General Electric (Diversificados, EUA)
8. Marlboro (Tabaco, EUA)
9. Intel (Hardware, EUA)
10. Nokia (Telecomunicações, Finlândia)
11. Toyota (Veículos Motorizados, Japão)
12. Cisco (Hardware, EUA)
13. Vodafone (Telecomunicações, Reino Unido)
14. Hewlett-Packard (Hardware, EUA)
15. AT & T (Telecomunicações, EUA)
16. BMW (Veículos Motorizados, Alemanha)
17. Oracle (Software, EUA)
18. Louis Vuitton (Produtos de Luxo, França)
19. Mercedes-Benz (Veículos Motorizados, Alemanha)
20. Disney (Entretenimento, EUA)
21. Gillette (Cuidado Pessoal, EUA)
22. Honda (Veículos Motorizados, Japão)
23. Walmart (Retalho, EUA)
24. Pepsi (Bebidas, EUA)
25. Verizon (Telecomunicações, EUA)
26. United Way (Filantropia, EUA)
27. Nintendo (Consumíveis Electrónicos, Japão)
28. Budweiser (Bebidas Alcoólicas, EUA)
29. Nescafé (Bebidas, Suiça)
30. SAP (Software, Alemanha)
31. Nike (Vestuário e Calçado, EUA)
32. American Express (Serviços Financeiros, EUA)
33. Samsung (Consumíveis Electrónicos, Coreia do Sul)
34. L’Oreal (Cuidado Pessoal, França)
35. HSBC (Serviços Financeiros, Reino Unido)
36. BlackBerry (Consumíveis Electrónicos, Canadá)
37. IKEA (Retalho, Suécia)
38. Frito-Lay (Alimentação, EUA)
39. Canon (Hardware, Japão)
40. Wells Fargo (Serviços Financeiros, EUA)
41. Kellogg’s (Alimentação, EUA)
42. JP Morgan Chase (Serviços Financeiros, EUA)
43. UPS (Transportes, EUA)
44. Bank of America (Serviços Financeiros, EUA)
45. Goldman Sachs (Serviços Financeiros, EUA)
46. Dell (Hardware, EUA)
47. H&M (Retalho, Suécia)
48. ESPN (Media, EUA)
49. eBay (Internet, EUA)
50. Gucci (Produtos de Luxo, França)


Links:
Artigo Original Forbes
As marcas mais valiosas em imagens

sábado, 4 de setembro de 2010

Dois portugueses em alta...

Nos últimos dias vieram a público notícias que davam conta de dois portugueses a ocuparem altos cargos em grandes empresas mundiais. Felipe Oliveira Baptista é agora o novo director criativo da Lacoste, e António Melo Pires é, a partir do dia 1 de Setembro, o novo director geral da Autoeuropa.



O novo director criativo da conhecida marca do crocodilo, Felipe Oliveira Baptista, de 35 anos, nasceu nos Açores, mas cedo se radicou no estrangeiro, em muito devido ao maior número de oportunidades no seu mundo, o da moda, que estavam disponíveis fora do nosso país. Formado em Moda pela Universidade Kingston de Londres, cedo começou a trabalhar em pesos pesados da indústria do vestuário, tais como MaxMara ou Cerruti, coleccionando prémios na sua área, inclusive uma bolsa da conhecida marca de luxo Louis Vuitton Moet Hennessy, bolsa esta que usou para dar início à sua própria marca. Em Portugal, participou na Moda Lisboa em 2003, ano em que apresentou também a sua primeira colecção em Paris e contou com o apoio do Portugal Fashion.
Agora, atinge um dos mais altos patamares da moda mundial, sendo o primeiro português a ocupar tão distinto cargo numa das casas de alta-costura de Paris, substituindo Christophe Lemaire, que se mudou para a Hermés, onde substituiu Jean Paul Gaultier.
Felipe Baptista, para chegar a este lugar, passou por um processo de selecção onde estavam presentes 15 concorrentes. O cargo é alto e cheio de responsabilidades, sendo uma delas a de liderar agora o projecto de reposicionamento que a marca francesa está a adoptar, pretendendo associar-se a uma imagem mais moderna, reunir uma maior aceitação do público feminino, e recuperar mercados como o dos Estados Unidos, bem como lançar a marca nos cada vez mais importantes mercados emergentes, como a China ou o Brasil.
Com o objectivo então de modernizar a marca e de a soltar um pouco do habitual estilo mais clássico, alargando a oferta, este português terá a primeira grande oportunidade para mostrar o seu valor na semana da moda de Nova Iorque de 2011, onde apresentará a colecção Primavera/Verão 2012.



António Afonso de Melo Pires é, a partir do último dia 1 de Setembro o primeiro português a ocupar o cargo de director-geral da fábrica da Volkswagen em Palmela, sucedendo a Andreas Hinrich. António Pires, de 52 anos, nascido em Setúbal e licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico, conta já com uma grande experiência dentro da marca alemã, tendo entrado para a Autoeuropa em 1992, para a área das carroçarias, apenas deixando a fábrica em 2003, quando se mudou para Navarra para dirigir a área das carroçarias na fábrica espanhola. Em 2006, nova mudança, desta vez para o Brasil, para dirigir a fábrica de São Bernardo do Campo, e, um ano depois, ainda no Brasil, chegava a director-geral da fábrica de Curitiba.
É com grande expectativa que se aguarda a liderança de um português na unidade fabril de Palmela, falando-se até já de um possível melhor entendimento com os sindicatos na discussão salarial para 2011, que se avizinha.
O novo director-geral da Autoeuropa, a avaliar pelas entrevistas entretanto divulgadas, mostra-se motivado e decidido a melhorar a fábrica de Palmela, impondo novos métodos de trabalho e melhorando os níveis de qualidade e eficiência, para que haja uma maior garantia de qualidade e fiabilidade face aos clientes. A possibilidade de se conseguir um quarto modelo da Volkswagen para a fábrica também foi falada na sua apresentação, afirmando António Pires que é possível e praticável face às capacidades da Autoeuropa, embora não imediatamente, mas negando a ideia de que a vinda de um novo modelo seja fulcral para a permanência da unidade em Portugal.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

As marcas da nossa vida (4) - Super Bock


No dia 9 de Novembro de 1927 foi registado o nome da marca Super Bock, marcando assim início a história de uma das mais emblemáticas marcas portuguesas.
A ideia que culminou no surgimento da marca Super Bock partiu de um dos administradores da CUFP (Companhia União Fabril Portuense das Fábricas de Cerveja e Bebidas Refrigerantes), empresa que acabou por originar em 1977 a empresa que actualmente detém a Super Bock e várias outras marcas, a Unicer.
Esta cerveja é da variedade bock, inserida no tipo Lager, a cerveja mais consumida no mundo, caracterizada por fermentar a temperaturas mais baixas, tendo um teor alcoólico de 5,2%.
A história da Super Bock é inseparável da história da CUFP, sendo que, tal como o nome indica, a produção e consumo da cerveja se situou principalmente no Norte do país durante os seus primeiros anos, facto pelo qual demorou algum tempo a estender-se em massa para o sul do país. Esta expansão deveu-se em muito à inauguração da unidade fabril de Leça do Balio na década de sessenta, unidade que estava preparada para produzir cerca de 25 milhões de litros de cerveja por ano, para responder ao aumento da procura e de consumo que se verificou nesses anos. Assim, com o aumento da produção e com a aposta no reforço da distribuição, a Super Bock chegava a Lisboa no ano de 1972.
Em 1975, após o 25 de Abril, o sector cervejeiro português também não fugiu à onda de nacionalizações, decisão que culminou na criação, em 1977, de duas empresas públicas para o sector das cervejas, sendo uma delas a Unicer, resultante da fusão entre a CUFP, a Copeja, a Rical e a Imperal.É ainda neste ano que a Super Bock recebe a sua primeira distinção internacional, ao ganhar a medalha de ouro no concurso Monde Selection de La Qualité, evento realizado no Luxemburgo, que premeia as cervejas com maior qualidade. O número de medalhas ganhas pela Super Bock neste concurso atinge já as 35, sendo a única marca no nosso mercado que atingiu este feito.
Juntando a sua habitual qualidade às distinções de que foi alvo, a Super Bock aumentou largamente as suas vendas nos anos que se seguiram à 1ª medalha de ouro, vendas que cresceram até 1989, altura em que houve uma ruptura dos stocks, devido à elevada procura. É de salientar que o preço da Super Bock se estabeleceu tradicionalmente acima do das cervejas concorrentes, factor que mesmo assim não deixou de impulsionar as vendas, já que a qualidade também era reconhecida como superior. Este facto deu origem a vários slogans da marca, como “custa mais, mas sabe melhor” ou “Super Bock – para quem o custo não conta”.
Em 1990, a Unicer saiu totalmente da alçada do Estado, voltando a estar na mão de privados. Desta forma, em 1992, a Super Bock atingiu a liderança no mercado cervejeiro, posição que tem conseguido manter, apesar da concorrência da Sagres.
Para além da qualidade reconhecida à Super Bock, a sua popularidade também se deve muito a um grande número de campanhas publicitárias eficientes, que ficaram nas memórias dos portugueses, tal como a associação da marca a vários eventos, como a Expo 98, a vários festivais de música, incluindo o Super Bock Super Rock, criado em 1995, ou o Vilar de Mouros, para além do festival de cinema Fantasporto, entre outros.
Actualmente, a gama da Super Bock já não conta apenas com a Original. Existem já disponíveis no mercado a Green (cerveja limão), a Stout (cerveja preta), a Abadia (cerveja gourmet ou artesanal) e também sem álcool.
A expansão internacional também é notória, estando actualmente a Super Bock presente em cerca de 40 países nos 5 continentes.


Evolução do logotipo



As garrafas de Super Bock ao longo do tempo


Fontes utilizadas:
Super Bock - Site Oficial
Unicer - Site Oficial
Wikipédia
Dois dedos de espuma, Impala Editores, Sintra, 2002

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pub por pub (5)



Muitas coisas marcam as relações amorosas… os locais onde se deu largas ao amor, os bons momentos a dois, as cartas enviadas (antigamente), as mensagens de telemóvel trocadas, entre muitas outras. Actualmente, com a evolução tecnológica e com o crescimento da empresa, parece que até já essas lembranças a Google conseguiu mudar. Neste anúncio, simples, mas ao mesmo tempo original e criativo, vemos que outro marco foi adicionado recentemente à lista: as pesquisas feitas no conhecido motor de busca durante o relacionamento.

E assim, neste anúncio à Google intitulado “Parisian Love” (“Amor Parisiense”), conta-se a história de um bonito romance através das pesquisas efectuadas no motor de busca americano. Estas pesquisas iniciam-se com a tentativa de um rapaz ir estudar para Paris, passando por locais de interesse nessa mesma cidade, métodos para impressionar raparigas francesas, culminando na mudança definitiva para a “cidade-luz” e finalmente no casamento.

Este anúncio é também importante pois trata-se da primeira publicidade televisiva da Google, tendo-se estreado na Super Bowl (final do campeonato de futebol americano) deste ano, um dos locais privilegiados para passar publicidade, já que é o acontecimento televisivo com maior audiência nos Estados Unidos, onde 30 segundos de anúncio podem custar a m(el)ódica quantia de 3 milhões de dólares…

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Luís Mira Amaral na Ensino Magazine

Na edição nº 150 da Ensino Magazine, de Agosto de 2010, Luís Mira Amaral, economista e presidente do Banco BIC português dá uma entrevista, fazendo a sua análise ao actual estado da economia e da educação em Portugal.
Na entrevista, o antigo ministro revela as suas perspectivas pouco animadoras face à actual situação portuguesa, retratando e criticando algumas da políticas que foram tomadas pelos sucessivos governos, sobretudo no período após a entrada no euro, e sugerindo ainda alguns reparos que considera necessários para que a economia portuguesa possa ter melhores dias num futuro próximo.
Para além de economia, Mira Amaral fala também de educação e da relação que a falta de rigor e os facilitismos do nosso sistema educativo têm com a situação económica do país, sobretudo com o problema do desemprego. É particularmente analisada a situação actual das Universidades, tanto públicas como privadas, que formam alunos em excesso em determinadas áreas, promovendo o desemprego, quando há depois falta de profissionais em muitas outras áreas, para além da falta de qualificações com que muitos jovens chegam ao mercado de trabalho.

Da entrevista destaco quatro citações:
1.“Os engenheiros civis sabem que um edifício aparentemente muito sólido é o primeiro a ceder a um tremor de terra. Os edifícios que resistem são os que mexem, abanam, mas não quebram. Esta imagem quer dizer que os sistemas abertos ao exterior têm de ter graus de liberdade que se acomodem aos choques externos. No tempo do escudo tínhamos instrumentos que permitiam controlar as crises. Quando entrámos na moeda única perdemos esse instrumento e devíamos ter começado a flexibilizar os mercados de trabalho e emprego, apostar na educação e na qualificação, de modo a aumentar a produtividade, etc. O desemprego galopante e o desequilíbrio das finanças públicas são apenas duas consequências de nada ter sido feito.”

2.“O sistema de ensino tem formado gente em demasia para determinadas áreas e esqueceu o ensino técnico e os quadros intermédios que as PME precisam como de pão para a boca. Quis tudo ser doutor e engenheiro e agora há muito gente sem qualificações adequadas para o mercado de emprego.”

3.“A escola transmite sinais de facilitismo que a vida real não tem. A vida profissional dos jovens de hoje é muito mais dura do que foi a minha, mas não é essa a mensagem que passa durante as aulas. Estão a ver o filme ao contrário. O cenário lá fora é de tremenda competição e o desemprego agravou as dificuldades.”

4.“Tem-se gasto muito dinheiro no sector do ensino, mas muito mal gasto. O sistema não precisa de mais dinheiro, precisa é de rigor e competência. Urge acabar com o facilitismo instalado.”

domingo, 22 de agosto de 2010

Pub por Pub (4) - Astérix rendido ao Big Mac?



Este recente anúncio da companhia de fast-food McDonald’s apresenta-nos o famoso personagem de banda desenhada Astérix e os seus habituais companheiros a participarem em mais um dos famosos banquetes característicos.
Acontece que, desta vez, em lugar de o fazer na aldeia gaulesa de onde são provenientes tanto Astérix como os outros personagens da história, o local escolhido foi um restaurante da McDonald’s.

A campanha, produzida pela McDonald’s para divulgação em França, tem, no entanto, sido alvo de várias críticas, muitas delas vindas dos fãs de banda desenhada, que não gostaram de ver um dos seus heróis num anúncio a um restaurante de fast-food. As críticas chegam também de vários franceses, já num acto de patriotismo, que consideram este anúncio um insulto a um dos seus símbolos mais queridos, atingindo a revolta outros patamares, relançando-se discussões antigas, que envolvem a sensação de ameaça à cultura e à famosa culinária francesa, acabando por vir sempre à baila os sentimentos menos positivos face aos Estados Unidos, à americanização da sociedade e à globalização em geral.
Olivier Delcroix, num artigo no jornal francês Le Figaro diz “Astérix, o último dos nossos heróis nacionais, irredutível gaulês resistente ao opressor graças à poção mágica e ao humor, deixar-se-ia seduzir pelo Big Mac e pela Coca-cola, abandonando por vontade própria a cerveja e o javali?”

Este pequeno outdoor publicitário surge inserido na campanha “Come as you are” (“Venez comme vous êtes” em francês e “Venha como é”, numa tradução mais à letra para o português), que, em França, tinha já sido alvo de polémica anteriormente, por ter lançado um spot televisivo onde aparecia, num restaurante da cadeia americana, acompanhado pelo pai, um jovem homossexual a falar ao telefone com o seu companheiro, surgindo depois o slogan “Venez comme vous êtes”, chocando o público com a inclusão de um tema ainda nem sempre bem recebido pela sociedade num anúncio a uma cadeia de fast-food, tendo alegado a McDonald’s pretender transmitir a ideia de que é aberta a todos os consumidores, independentemente da sua maneira de ser.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Leituras (2) - Top 50 da Gestão

Uma lista de 50 livros a ler, publicada na separata “Os caminhos da Gestão – 50 livros fundamentais”, da revista Dirigir (IEFP: nº110, Abril a Maio.2010), apresenta alguns dos nomes e títulos que mais influenciaram a liderança, a motivação, a gestão em geral, de que se fala nos dias de hoje. O leitor pode, ao longo de quase 2500 anos de escritos (as obras surgem ordenadas cronologicamente), apreender o nascimento das ideias e das práticas que actualmente são utilizadas, ensinadas e tidas como ideais para muitos gestores, demonstrando assim o processo histórico por detrás dos métodos de gestão.
Aqui fica a lista, elaborada por J. M. Marques Apolinário, onde mantenho os títulos em inglês (conforme a lista original) e, entre parêntesis, as respectivas traduções portuguesas que me foi possível encontrar (a partir do catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal).

Pré-História da Gestão
The Art of War (A Arte da Guerra), Sun Tzu (500 a.C.)
The Prince (O Príncipe), Nicolau Maquiavel (1513)
An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations (Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das nações), Adam Smith (1776)

1900-1929
The Principles of Scientific Management (Princípios da Administração Científica), Frederick W. Taylor (1911)
General and Industrial Managent (Administração Industrial e Geral), Henry Fayol (1916)
My life and Work (Minha vida e minha Obra), Henry Ford (1923)

Anos 30
How to win friends and influence people (Como fazer amigos e influenciar pessoas), Dale Carnegie (1937)
The functions of the executive (As Funções do Executivo), Chester Barnard (1938)

Anos 40
Dynamic Administration, Mary Parker Follet (1941)
Theory of social and economic organization, Max Weber (1947)

Anos 50
Motivation and Personality, Abraham Maslow (1954)
The Practice of Management (Prática de Administração de Empresas), Peter Drucker (1954)
Parkinson’s law (A Lei de Parkinson), C. N. Parkinson (1958)
The Motivation to work, Frederick Herzberg (1959)

Anos 60
The Human side of enterprise (Os aspectos humanos da empresa), Douglas McGregor (1960)
Innovation in Marketing, Ted Levitt (1962)
Strategy and Structure, Alfred Chandler (1962)
A Company and its Beliefs, Thomas Watson Jr. (1963)
My Years with General Motors (Eu e a General Motors), Alfred P. Sloan (1963)
Corporate Strategy (Estratégia Empresarial), Igor Ansoff (1965)
Marketing Management (Administração de Marketing), Philip Kotler (1967)
The Age of Discontinuity (Uma era de desconhecimentos), Peter F. Drucker (1969)

Anos 70
Up the Organization, Robert Townsend (1970)
The Nature of Managerial Work, Henry Mintzberg(1973)
Organizational Learning, Chris Argyris & Donald Schon (1978)
Leadership, James MacGregor Burns (1978)

Anos 80
Competitive Strategy (Estratégia Competitiva), Michael Porter (1980)
The Third Wave (A terceira vaga), Alvin Toffler (1980)
The Art of Japanese Management, Richard Pascale & Anthony Athos (1981)
In Search of Excellence (Na senda da excelência), Tom Peters & Robert Waterman (1982)
The Mind of the Strategist, Kenichi Ohmae (1982)
Out of the Crisis, W. Edwards Deming (1982)
Change Masters, Rosabeth Moss Kanter (1983)
Management Teams, Meredith Belbin (1984)
Leaders (Líderes), Warren Bennis & Burt Nanus (1985)
Organizational Culture and Leadership, Edgar Schein (1985)
Juran on Planning for Quality, Joseph M. Juran (1985)
Managing across Borders, Christopher Barlett & Sumantra Ghoshal (1989)
The Age of Unreason (A era da irracionalidade), Charles Handy (1989)

Anos 90
The Borderless World (O Mundo sem fronteiras), Kenichi Ohmae (1990)
The Competitive Advantage of Nations (A vantagem competitiva das Nações), Michael Porter (1990)
Management on the Edge, Richard Pascale (1990)
The Fifth Discipline (A Quinta Disciplina), Peter Senge (1990)
Liberation Management, Tom Peters (1992)
Maverick!, Ricardo Semier (1993)
Reengineering the Corporation (A reengenharia da empresa), James Champy & Michael Hammer (1993)
Riding the Waves of Culture, Fons Trompenaars (1993)
The rise and fall of Strategic Planning, Henry Mintzberg (1994)
Corporate-Level Strategy, Michael Gold, Andrew Campbell & Marcus Alexander (1994)
Competing for the Future, Gary Hamel & C. K. Prahalad (1994)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

As marcas da nossa vida (3) - Swatch


Actualmente, nos pulsos de vários milhões de pessoas por todo o mundo, vemos um Swatch, o relógio que salvou a relojoaria suíça e que se tornou num verdadeiro ícone.
A história da Swatch começou quando, nos anos 70, a histórica indústria relojoeira suíça viu o seu estatuto e potencial ameaçado pelo aparecimento de relógios oriundos do Japão, com marcas como a Seiko, com qualidade elevada, mas a um preço muito mais baixo do que os clássicos relógios suíços, ao mesmo tempo que os relógios analógicos perdiam cada vez mais mercado para os digitais.
Assim, no seio da relojoaria suíça, apareceu a necessidade de criar um novo relógio que dinamizasse de novo o sector, de vital importância também para a actividade económica do país. O planeamento do novo produto começou com a criação da SMH, a Corporação Suíça para Indústrias de Micro Electrónica e Construção de Relógios. No seio desta corporação, mais concretamente, pela mão de Nicolas G. Hayek, o fundador do grupo Swatch, surgiu a ideia de criar um relógio barato, mas tecnologicamente evoluído, artístico e com emoção: assim apareceu o Swatch.
Ao contrário do que muitas vezes se pensa, Swatch não significa Swiss Watch, mas sim Second Watch, pois apareceu como uma reviravolta no sector, uma segunda onda de relógios com a missão de levar de novo ao esplendor os relógios analógicos e o sector relojoeiro suíço.
Desta forma, em 1983, apareceu o primeiro Swatch, um relógio analógico, que utilizava um sistema de quartzo, em vez do habitual, elaborado e caro sistema de cordas e molas, e que viu o seu número de peças ser reduzido das habituais 91 para 51, para além de utilizar materiais sintéticos na pulseira. Com estas inovações, o recém-criado relógio conseguiu oferecer uma qualidade e uma fiabilidade digna dos relógios suíços, mas a um preço bastante mais acessível, o que lhe valeu ser apelidado de descartável de luxo.Este relógio de pulso inovador marcou a década de 80, tornou-se num acessório de moda, usado por várias celebridades, como “elástico” para os rabos-de-cavalo, e até mesmo aos pares, atingindo a popularidade que ainda hoje detém, de relógio de pulso mais famoso do mundo.
Desde então, a marca expandiu-se, tal como o próprio conceito do relógio Swatch. Actualmente há já uma vasta gama, que não apenas os simples relógios de pulso de plástico (os chamados Originals), similares aos primeiros lançados pela marca. Existem já os modelos Irony (os Swatch de metal), os Skin (os relógios mais finos do mundo), os Flik-Flak (para crianças), entre outros, estendendo-se já a actividade da marca à bijuteria.
A Swatch também tem conseguido manter a sua imagem irreverente, inovadora, estando associada a vários eventos desportivos como os Jogos Olímpicos de 1996, 2000 e 2004, mas também a competições de voleibol de praia, snowboard, surf, motocrosse e BMX.




o 1º relógio Swatch, de 1983


Fontes utilizadas: Swatch (Site Oficial), Wikipédia, Relogiolândia

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pub por Pub (3)



“Hard Times”, assim se chama este anúncio da Coca-Cola, emitido pela primeira vez durante a Super Bowl de 2010.

Não fosse um anúncio da Coca-Cola ser já ingrediente suficiente para o sucesso, a marca decidiu juntar-se a uma das famílias mais conhecidas e amadas da televisão mundial, os “Simpsons”.

A história do anúncio começa quando o avarento milionário da saga, C. Montgomery Burns (Mr. Burns), perde toda a sua fortuna, passando assim tempos difíceis (“Hard Times”), apenas superados quando, num passeio pelo parque, a população de Springfield, que ele quase sempre tratou de maneiras menos próprias, o acolhe e o apoia, voltando o ex-tirano a sorrir e a aproveitar os prazeres da vida, num espírito característico da marca, associando os momentos com a Coca-Cola a momentos felizes e abertos a ainda mais felicidade.

O slogan apresentado no final, “Open Hapiness”, que tem sido habitual nas últimas campanhas publicitárias da marca americana, doura assim a vida de Burns… e a dos consumidores também!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Citações (2) - Paulo Maló

" Tenho sempre a ambição de ser o maior e o melhor do mundo, no mínimo de Portugal. Aliás, já cheguei a abandonar projectos por perceber que isso não era possível."

"Porque eu não desisto. Sou como um bulldog que quando morde fica agarrado à perna. Sacodem-me, mas não paro. É isso que caracteriza um bom empreendedor."

Paulo Maló (entrevista). Expresso, 7 de Agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

As marcas da nossa vida (2) - Majora

Durante os seus mais de 70 anos de existência (71, para precisar), a Majora tem tido a tarefa de proporcionar divertimento, estimulando a fantasia e a imaginação a um número incontável de crianças e jovens, ficando vincada na infância de várias gerações.

Esta empresa foi fundada em 1939 no Porto (onde ainda está sediada a sua fábrica) por Mário José de Oliveira, que, após uma viagem a Berlim, decidiu começar a fabricar jogos e cubos em madeira, usando para esse efeito a cave de casa dos seus pais, na Avenida da Boavista. O seu primeiro jogo foi o Pontapé ao Goal, inspirado no Futebol. No ano de estreia, a empresa acabou com um lucro de 1621 escudos (pouco mais de 8€, actualmente), o que não era muito, mas, mesmo assim, a empresa continuou a expandir-se, transferindo-se para a Rua das Taipas, no centro histórico do Porto, logo em 1944.
Continuando a apostar nos jogos de tabuleiro de cartão, a Majora cresceu e conheceu, na década de 50, um dos grandes momentos de relevo na sua história, o início da produção da versão portuguesa do mais conhecido jogo de tabuleiro a nível mundial, o Monopólio, por acordo com a Hasbro, licença de produção que viria a perder em 1992.
Com a continuação da actividade e do constante aparecimento de novos jogos de tabuleiro, surgiu a necessidade de expansão em termos de instalações, mudando-se a Majora para a fábrica que ainda hoje ocupa, na então recém-criada Zona Industrial do Porto, corria o ano de 1967.
Antes da mudança para a actual fábrica, e nos anos que se seguiram, a Majora foi responsável por colocar no mercado jogos ainda hoje recordados e jogados, como é o caso do Jogo da Glória, do Sabichão, do Mikado, artigos que contabilizam cada um mais de 1,5 milhões de unidades vendidas desde a sua criação, mostrando o enraizamento da marca na sociedade portuguesa ao longo destes 71 anos. Muitos destes jogos são ainda cobiçados, sobretudo os mais antigos, que chegam a estar presentes em vários leilões para coleccionadores.
Nos anos 90, o aparecimento de novas formas de entretenimento no segmento dos mais jovens fez esquecer os jogos mais tradicionais. Apesar desta revolução, a Majora manteve-se como um exemplo de continuidade e perseverança, resistindo à tentação dos jogos electrónicos e permanecendo fiel aos princípios que a levantaram, de servir para entreter e educar as crianças, estimulando-lhes a fantasia e a imaginação.
Assim, em 2000, obteve licença da Disney para várias das suas personagens, carteira que hoje abrange já também personagens conhecidas como o Ruca, o Noddy ou a Hello Kitty.
Em 2008, foi inaugurado museu nas instalações da Majora e, também nesse ano, a terceira geração da família assumiu a liderança da empresa, com os irmãos Pedro e Paula Oliveira a tomarem as rédeas do negócio familiar, o que levou, em 2009, a Majora a expandir-se para outros sectores, através da recém-criada Animate Drinks, entrando no negócio da alimentação (bebidas e bolos) e higiene infantil, apostando nas imagens dos sucessos de vendas Ruca ou Noddy.
Assim, a Majora continua a entreter e educar gerações e crianças portuguesas, conseguindo fazer face às constantes mudanças do sector, lançando em média 20 novidades por ano e empregando cerca de 50 pessoas.
A partir da edição de 31 de Julho de 2010, o jornal Expresso, numa onda de revivalismo, lançou a colecção “Jogos de Sempre Expresso”, colocando assim disponível ao público uma colecção de 5 dos mais carismáticos jogos da Majora. O primeiro jogo publicado foi o Jogo da Glória, estando previstos para o resto da colecção o Jogo das Damas, o Jogo das Escadas, o Jogo do Ludo e o Três em Linha.

Pontapé ao Goal - 1º jogo lançado pela Majora

[Fontes utilizadas: Portugal Global, Facebook, Site Majora]

sábado, 31 de julho de 2010

Num momento em que tanto se fala acerca das Agências de Rating...

As Agências de Rating são entidades que efectuam estudos e avaliações acerca da capacidade de países, empresas ou instituições de pagarem as suas dívidas até à data limite estipulada, atribuindo para esse efeito notas de risco sobre essa mesma capacidade.
Actualmente, existem várias Agências de Rating espalhadas um pouco por todo o mundo, mas em 1975 convencionou-se que apenas três, a Moody's Investor Services , a Fitch Ratings e a Standard & Poor's, todas americanas, poderiam ser utilizadas oficialmente, medida tomada nos Estados Unidos para controlar o aparecimento de novas agências de rating que se estava a dar, algumas com actividades e objectivos nem sempre esclarecidos e que por vezes não iam ao encontro das necessidades dos mercados.

Muito se tem falado destas Agências também pelas falhas que têm apresentado desde que a crise se instalou, em 2008, quando por exemplo eram atribuídas classificações altas não só a produtos financeiros complexos e bancos que se veio a provar que não tinham grande valor, mas também ao sector imobiliário americano, onde a crise acabou por despoletar, passando ainda pelo caso da Islândia, país que também obtinha avaliações elevadas e acabou por atingir a bancarrota.
Actualmente, as críticas acerca da falta de objectividade e até de independência das avaliações da Agências de Rating continuam, sendo estas acusadas de se terem precipitado nas avaliações negativas que fizeram a vários países e empresas europeias, avaliações essas que culminam numa maior dificuldade e maiores custos de financiamento para essas empresas e países.

Esta situação tem até levado a que várias figuras da economia europeia tenham criticado publicamente a actuação destas agências, havendo já vários apoiantes da ideia de necessidade de criação de uma Agência de Rating europeia, para colmatar as falhas das americanas em relação aos mercados do Velho Continente, de entre os quais se destacam o Presidente francês Nicolas Sarkozy e a Chanceler alemã Angela Merkel.

Fica ainda uma frase proferida por Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, acerca da actividade destas agências:"As agências de rating, em geral, têm tendência para ampliar os movimentos dos mercados financeiros, quer seja em alta ou em baixa (...) Isto vai contra a estabilidade financeira".

Para mais informações acerca da três agências americanas e acesso às tabelas da notas de risco aconselho os seguintes sites: Moody's, Standard&Poors, Fitch Ratings


Sites consultados: RTP, Diário Económico

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pub por Pub (2)




Escolhendo uma palavra para descrever este anúncio, essa seria Patriótico, pois neste curto minuto temos uma grande mostra de todo o patriotismo, grandeza e liberdade do estilo de vida americano, o clássico american way.

Grandioso e mesmo poderoso, o anúncio prima por juntar a marca e o modelo que publicita (Dodge Challenger) a esse mesmo estilo de vida, transmitindo-nos que se trata de um automóvel majestoso, forte, onde conseguimos desfrutar a liberdade do modo de vida americano em cada minuto que o estejamos a conduzir.

Perfeitamente adequado para o mercado para o qual foi desenvolvido (o americano), o anúncio demonstra a aposta no futuro (com a remodelação do modelo em questão), usando para a publicitar, a tradição e o orgulho americano. Isso está patente no elogio a toda a histórica indústria automóvel norte-americana (da qual a Dodge faz parte e é um símbolo), estando a tradição presente não só no cenário - uma batalha contra os ingleses - mas sobretudo na utilização da figura de George Washington, um dos pais fundadores da nação, a comandar as tropas, a partir de uma frota de Challengers, para mais uma vitória pela liberdade e pelo estilo de vida em que os americanos acreditam, terminando com um slogan também sumptuoso, fazendo lembrar o mote americano "Home of the Free, Land of the Brave".

quarta-feira, 28 de julho de 2010

As marcas da nossa vida (1) - TAP



A TAP ( Transportes Aéreos Portugueses), é a companhia aérea portuguesa por excelência, contando já com mais de 60 anos de história.
A sua fundação remonta a 14 de Março de 1945, quando o director do Secretariado da Aeronáutica Civil, Humberto Delgado, cria a secção de Transportes Aéreos (TAP). Ainda neste ano a companhia adquire os seus primeiros aparelhos, dois DC-3 Dakota com capacidade para 21 passageiros.
No ano seguinte, é criado o Curso Geral de Pilotos, e abertas as duas primeiras linhas aéreas, primeiro a linha Lisboa-Madrid, e, em seguida, a "Linha Imperial" - Lisboa-Luanda-Lourenço Marques - que contava com 12 escalas e 15 dias de duração (ida e volta, num total de 24540 km).
Até ao início dos anos 50, são criadas ligações aéreas com Paris(1948), Sevilha (1948) e Londres (1949).
Em 1953 a empresa é privatizada, mas mantendo uma maioria de capitais estatais, inaugurando ainda nesse ano as primeiras ligações a Marrocos, mais precisamente a Casablanca e Tânger.
O final da década de 50, mais concretamente o ano de 1958 é de recordes para a empresa, com esta a ultrapassar os 1000 trabalhadores, e os 64 mil passageiros, abrindo alas para a grande expansão que a empresa sofreria nos anos seguintes, começando com a abertura das linhas Lisboa-Porto Santo, e Lisboa-Rio de Janeiro em 1960. Em 1962 a empresa adquire o seu primeiro avião a jacto, passo que leva a que em 1964 seja ultrapassado o milhão de passageiros e a que em 1967 a TAP fosse a única transportadora europeia a operar exclusivamente com aviões a jacto.
A empresa continua em expansão, adquirindo em 1972 os primeiros aparelhos e grande porte, quatro Boeing 747-200, e chegando a 1974 a operar com 32 aparelhos, voando para mais de 40 destinos, contando com cerca de 9000 trabalhadores e tendo transportado já cerca de 1,5 milhões de passageiros.
Em 1975, após o 25 de Abril, a empresa não resiste à vaga de nacionalizações e transforma-se em empresa pública, sofrendo ainda nesse ano um processo de modernização, com a chegada de novas aeronaves e a introdução de serviços computorizados.
Contrastando um pouco com o desenvolvimento das décadas de 60 e 70, os anos 80 são menos positivos para a TAP, mas também para as companhias aéreas em geral, pois, como resultado dos choques do petróleo, o preço dos combustíveis sofreu um grande aumento, provocando assim uma escalada dos custos da transportadora aérea, aliado ao facto de nessa altura terem aparecido os primeiros voos charter (também chamados low-cost, ou voos de baixo custo), e de a empresa enfrentar uma concorrência agressiva, num sector ainda pouco regulado. Durante os anos seguintes a empresa foi modernizando a sua frota, iniciando em 1989 uma relação que ainda hoje dura, com a Airbus (fabricante de aviões europeu), com a chegada dos primeiros A310-300. Neste ano, são ainda criados os voos para não fumadores (voos azuis), e, pela primeira vez, uma mulher (Teresa Carvalho) ingressa na empresa como piloto.
Durante os anos 90, a empresa aumenta o número de passageiros, e renova a sua frota, mantendo a boa relação com a Airbus, embora estes sejam anos não tão positivos financeiramente, acumulando prejuízos avultados. Este cenário financeiro só acaba em 2005, ano em que pela primeira vez desde há algum tempo, a transportadora aérea obtém lucros, em virtude do bom ano que efectuou, adoptando uma nova imagem, sendo galardoada com vários prémios, e integrando em Março o grupo Star Alliance, o maior grupo de companhias de aviação a nível mundial. Nos anos que se seguiram, a empresa continuou a conquistar prémios, e a crescer, consumando a compra da VEM, o maior centro de manutenção da América do Sul, em 2006, e a integração da Portugália Airlines em 2007.
Actualmente, a TAP conta já com uma frota de 77 aeronaves, efectuando 1850 voos semanais, para cerca de 64 destinos espalhados por 30 países, acumulando cada vez mais prémios e cimentando a sua posição de companhia aérea de topo.


Fontes Utilizadas: TAP Portugal - Site Oficial ( www.tap.pt)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pub por Pub (1)



Enquanto crianças, todos acabamos por ter aquele objecto que nos fica na memória, e que realmente nos fascina e nos desperta desejo, mesmo que seja algo inatingível, pelos mais diversos factores. Muitas vezes prometemos a nós mesmos que, quando "formos grandes", iremos conseguir atingir a satisfação de cumprir esse sonho.

É este recordar da infância e dos sonhos característicos desse período das nossas vidas que está patente neste anúncio, feito ainda para mais, a um produto que preenche provavelmente o imaginário e os desejos não só de muitos pequenos admiradores, mas também de muitos entusiastas que já abandonaram a tenra idade, mas que ainda sonham com o privilégio que deve ser possuir um Porsche.

Assim, aqui fica este anúncio, bastante apelativo, pois consegue despertar essa nostalgia da infância, mas que acaba por contar quase uma história de vida à volta do automóvel, quando no final nos é apresentada a ideia por trás da mística e da paixão da marca alemã, pois " há uma coisa engraçada em relação a um Porsche, há o momento em que se sabe que se quer um, o momento em que pela primeira vez somos donos de um, e, para os verdadeiros aficionados, uma ou duas décadas entre os dois momentos"...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Citações (1) - António Mexia

"Interessa-me é que me vejam como líder e tenham uma noção clara de liderança, como um movimento em que não se avança sozinho, mas se faz avançar todos."

"Ser líder não tem a ver com ego. Ser líder é ser humilde, ver e ouvir e associar-lhe determinação e decidir."

António Mexia (entrevista). Expresso ("Revista Única", nº1969), 24 de Julho de 2010