domingo, 26 de setembro de 2010

Marcadores (1) - Adam Smith



Adam Smith nasceu em Kirkcaldy, na Escócia, no ano de 1723. Frequentou a Universidade de Glasgow e, posteriormente, a de Oxford até 1746, tendo efectuado os seus estudos na área da Filosofia Moral.
Em 1751, iniciou a sua vida académica como professor, também na Universidade de Glasgow, onde leccionou precisamente a cadeira de Filosofia Moral. Para além das obrigações académicas, Smith desenvolveu importantes investigações em teorias na sua área, sendo, a par de David Hume, seu amigo e colega filósofo, uma das principais figuras do iluminismo escocês. As suas investigações culminaram numa importante obra deixada na área da Moral.
Em 1762, Smith abandonou a carreira docente e tornou-se tutor do jovem Henry Scott, Duque de Buccleuch. Com o seu tutorando, percorreu então a Europa durante quatro anos, tendo tido a possibilidade de privar com outros grandes intelectuais da sua geração, como Voltaire, Benjamin Franklin, D’Alembert, entre outros.
Adam Smith desenvolveu ainda grande interesse pelos assuntos económicos, área de estudo a que se começou a dedicar ainda em Glasgow, tendo publicado em 1776 um dos livros de maior relevo na Economia, An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations, ou simplesmente The Wealth of Nations (A Riqueza das Nações), livro que teve desde logo um enorme sucesso e que fez com que Adam Smith fosse apelidado como o “Pai da Economia”.
Nessa altura, mudou-se para Edimburgo, cidade onde acabou por falecer em 1790.



Monumento a Adam Smith, em Edimburgo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

As marcas da nossa vida (5) - Hard Rock


O Hard Rock Cafe tornou-se um verdadeiro ícone na cena musical, não só pelos curiosos e característicos cafés espalhados um pouco por todo o mundo, mas também pelas famosas t-shirts, que foram cimentando o seu lugar como um dos souvenirs de eleição das nossas viagens.
O primeiro Hard Rock Cafe abriu as suas portas em Londres, a 14 de Junho de 1971, ideia de dois americanos, Isaac Tigrett e Peter Morton. O conceito era o de um restaurante com uma atmosfera descontraída e fiel ao rock n’ roll, servindo comida tipicamente americana, a preços moderados.
Mas o seu percurso como autêntico museu do Rock começa em 1979, quando Eric Clapton, um dos maiores vultos musicais de sempre, e habitual cliente do restaurante em Londres, sugeriu que a sua mesa preferida fosse marcada com uma placa, de forma a estar sempre reservada. Isaac Tigrett sugeriu então que a mesa fosse marcada antes com uma guitarra do artista, e assim aconteceu, Eric Clapton doou uma guitarra Fender Lead II, que ainda se encontra no café londrino, a sua localização original.
Esta oferta foi a precursora da actual colecção, e responsável por trazer ao café um novo artigo, por motivos, podemos dizer, de ego. Pete Townshend, guitarrista dos The Who, incomodado por apenas Clapton ter direito ao seu espaço no café, e também devido ao elevado estado de alcoolemia em que se encontrava no momento, enviou para o Hard Rock uma guitarra Gibson Les Paul modificada pelo próprio, acompanhada de uma pequena nota que dizia “Mine’s as good as his! Love, Pete”, ou seja, “A minha é tão boa como a dele! “, estando então as bases lançadas para aquela que é actualmente a maior colecção mundial de artigos ligados à história do rock n’ roll, a chamada rock 'n' roll memorabilia.
A marca manteve-se apenas em Londres até 1982, quando os dois sócios decidiram separar-se e criar os seus próprios Hard Rock Cafés e proceder à internacionalização do conceito. Peter Morton começou por abrir estabelecimentos em Los Angeles, São Francisco, Chicago e Houston, enquanto que Isaac Tigrett espalhou os Hard Rock Cafés por Nova Iorque, Dallas, Boston, Washington D.C., Orlando, Paris e Berlim.
Com a marca já implementada em alguns dos principais mercados mundiais e com perspectivas de expansão, não tardou até que grandes grupos económicos se interessassem pelo Hard Rock. Assim, em 1988 o grupo Mecca Leisure (grupo britânico ligado ao jogo), adquire a parte de Isaac Tigrett. Em 1990, o também britânico grupo Rank Group, igualmente ligado ao jogo, adquire a Mecca Leisures e, consequentemente, uma parte do Hard Rock. Nos anos seguintes, o grupo adquire ainda o Hard Rock América ao outro fundador, Peter Morton e o Hard Rock Canadá a Nick Bitove, garantindo assim controlo total da marca e da sua propriedade.
Desta forma, a marca Hard Rock expandiu-se ainda mais, chegando a 2005 com dezenas de cafés propriedade do próprio Rank Group, outros tantos em regime de franchising e seis Hard Rock Hotel e Casino, representando nessa altura o Hard Rock cerca de 30% dos lucros do grupo britânico.
Em Dezembro de 2006, o Hard Rock mudou novamente de mãos, sendo vendido à Seminole Tribe of Florida (Tribo Seminole da Flórida), uma comunidade índia da tribo Seminole originária da Flórida, com um vasto império ligado também ao jogo, sobretudo aos tradicionais Indian Casinos, e que administrava já os dois hotéis Hard Rock que existiam na Flórida. O negócio incluiu 124 Hard Rock Cafés, quatro hotéis, dois Hard Rock Hotel e Casino e ainda outros negócios em que o Hard Rock tinha parte, bem como os cerca de 70000 artigos que compõem a colecção musical da marca, tendo sido este negócio avaliado em cerca de 965 milhões de dólares, deixando apenas de fora o Hard Rock Casino em Las Vegas, bem como a propriedade intelectual da marca em alguns países, bens que já não pertenciam ao Rank Group no momento da venda.
Actualmente, o Hard Rock é uma das marcas mais conhecidas globalmente, contando já com cerca de 130 cafés por todo o mundo, bem como 14 hóteis/casino, estando já presente em Portugal, com o Hard Rock Café em Lisboa, aberto em 2003.


Guitarra Fender Lead II de Eric Clapton - A 1ª da colecção



Guitarra Gibson Les Paul de Pete Townshend

Fontes utilizadas: Hard Rock Cafe site oficial, USA Today

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pub por Pub (6)



Será a mostra de uma nova casa motivo para tanta gritaria? Segundo a cerveja holandesa Heineken, pode ser, fazendo a marca questão de o demonstrar neste criativo anúncio publicitário onde o sentido de humor também não foi deixado de parte.
Está então uma alegre dona de casa a mostrar a sua habitação às suas amigas, quando chegam à parte que qualquer mulher adora, o roupeiro, ficando as quatro senhoras em estado de histeria com o tamanho e o recheio do roupeiro em avaliação. Acontece que, a certa altura, os seus gritos são ultrapassados pelos dos maridos, que observavam o “roupeiro” do anfitrião, completamente forrado a Heineken, para grande alegria (ou histeria até) dos quatro amigos.
Desta forma, a Heineken introduz um novo capítulo na já rica e controversa guerra dos sexos, deixando no ar uma questão. Será que a paixão dos homens por uma Heineken fresca supera mesmo a paixão das senhoras pelas suas roupas? As questões de género ajudam?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

As 50 marcas mais valiosas da actualidade


Na edição publicada a 30 de Agosto da revista americana Forbes, aparece, num artigo da autoria de Kurt Badenhausen uma lista das 50 marcas mais valiosas da actualidade.
Esta lista, apesar de consumar apenas alguns factos que já não são grande novidade acerca do poderio e do valor de muitas da maiores marcas mundiais, permite-nos tirar algumas conclusões.
Conseguimos ter sobretudo uma visão mais global e competitiva do mundo das marcas, sendo fácil de observar quais os sectores onde os consumidores têm apostado cada vez mais, e podemos conhecer a importância que esses sectores têm ganho nas nossas vidas. É o caso, por exemplo, do sector da informática e das novas tecnologias, que conta com 15 marcas entre as 50, das quais 4 estão nos primeiros 5 lugares, bem como outros sectores bem presentes, como o dos serviços financeiros.
O primeiro e principal critério utilizado para calcular o valor de cada marca foi o “Earnings before interest and taxes”, ou EBIT, ou seja, o resultado antes de encargos financeiros e impostos, vulgarmente conhecido como Resultado Operacional. A este resultado foram feitas depois reduções e outros cálculos, como impostos.
Na lista notam-se alguns traços de parcialidade, sobretudo por ter sido elaborada por uma revista norte-americana, afirmando a Forbes que apenas contou com marcas presentes no mercado americano, pois, segundo a revista, qualquer marca, para ser verdadeiramente global, tem de estar presente nos EUA, o que não deixa ainda assim de ter o seu fundamento. Desta forma, os EUA lideram destacadamente a lista, com 33 marcas entre as 50, aparecendo o Japão em segundo lugar, com 4, salientando-se ainda que as 50 marcas são originárias de apenas 10 países.


Lista das 50 marcas:

1. Apple (Hardware, EUA)
2. Microsoft (Software, EUA)
3. Coca-Cola (Bebidas, EUA)
4. IBM (Software e Serviços, EUA)
5. Google (Internet, EUA)
6. McDonald’s (Alimentação, EUA)
7. General Electric (Diversificados, EUA)
8. Marlboro (Tabaco, EUA)
9. Intel (Hardware, EUA)
10. Nokia (Telecomunicações, Finlândia)
11. Toyota (Veículos Motorizados, Japão)
12. Cisco (Hardware, EUA)
13. Vodafone (Telecomunicações, Reino Unido)
14. Hewlett-Packard (Hardware, EUA)
15. AT & T (Telecomunicações, EUA)
16. BMW (Veículos Motorizados, Alemanha)
17. Oracle (Software, EUA)
18. Louis Vuitton (Produtos de Luxo, França)
19. Mercedes-Benz (Veículos Motorizados, Alemanha)
20. Disney (Entretenimento, EUA)
21. Gillette (Cuidado Pessoal, EUA)
22. Honda (Veículos Motorizados, Japão)
23. Walmart (Retalho, EUA)
24. Pepsi (Bebidas, EUA)
25. Verizon (Telecomunicações, EUA)
26. United Way (Filantropia, EUA)
27. Nintendo (Consumíveis Electrónicos, Japão)
28. Budweiser (Bebidas Alcoólicas, EUA)
29. Nescafé (Bebidas, Suiça)
30. SAP (Software, Alemanha)
31. Nike (Vestuário e Calçado, EUA)
32. American Express (Serviços Financeiros, EUA)
33. Samsung (Consumíveis Electrónicos, Coreia do Sul)
34. L’Oreal (Cuidado Pessoal, França)
35. HSBC (Serviços Financeiros, Reino Unido)
36. BlackBerry (Consumíveis Electrónicos, Canadá)
37. IKEA (Retalho, Suécia)
38. Frito-Lay (Alimentação, EUA)
39. Canon (Hardware, Japão)
40. Wells Fargo (Serviços Financeiros, EUA)
41. Kellogg’s (Alimentação, EUA)
42. JP Morgan Chase (Serviços Financeiros, EUA)
43. UPS (Transportes, EUA)
44. Bank of America (Serviços Financeiros, EUA)
45. Goldman Sachs (Serviços Financeiros, EUA)
46. Dell (Hardware, EUA)
47. H&M (Retalho, Suécia)
48. ESPN (Media, EUA)
49. eBay (Internet, EUA)
50. Gucci (Produtos de Luxo, França)


Links:
Artigo Original Forbes
As marcas mais valiosas em imagens

sábado, 4 de setembro de 2010

Dois portugueses em alta...

Nos últimos dias vieram a público notícias que davam conta de dois portugueses a ocuparem altos cargos em grandes empresas mundiais. Felipe Oliveira Baptista é agora o novo director criativo da Lacoste, e António Melo Pires é, a partir do dia 1 de Setembro, o novo director geral da Autoeuropa.



O novo director criativo da conhecida marca do crocodilo, Felipe Oliveira Baptista, de 35 anos, nasceu nos Açores, mas cedo se radicou no estrangeiro, em muito devido ao maior número de oportunidades no seu mundo, o da moda, que estavam disponíveis fora do nosso país. Formado em Moda pela Universidade Kingston de Londres, cedo começou a trabalhar em pesos pesados da indústria do vestuário, tais como MaxMara ou Cerruti, coleccionando prémios na sua área, inclusive uma bolsa da conhecida marca de luxo Louis Vuitton Moet Hennessy, bolsa esta que usou para dar início à sua própria marca. Em Portugal, participou na Moda Lisboa em 2003, ano em que apresentou também a sua primeira colecção em Paris e contou com o apoio do Portugal Fashion.
Agora, atinge um dos mais altos patamares da moda mundial, sendo o primeiro português a ocupar tão distinto cargo numa das casas de alta-costura de Paris, substituindo Christophe Lemaire, que se mudou para a Hermés, onde substituiu Jean Paul Gaultier.
Felipe Baptista, para chegar a este lugar, passou por um processo de selecção onde estavam presentes 15 concorrentes. O cargo é alto e cheio de responsabilidades, sendo uma delas a de liderar agora o projecto de reposicionamento que a marca francesa está a adoptar, pretendendo associar-se a uma imagem mais moderna, reunir uma maior aceitação do público feminino, e recuperar mercados como o dos Estados Unidos, bem como lançar a marca nos cada vez mais importantes mercados emergentes, como a China ou o Brasil.
Com o objectivo então de modernizar a marca e de a soltar um pouco do habitual estilo mais clássico, alargando a oferta, este português terá a primeira grande oportunidade para mostrar o seu valor na semana da moda de Nova Iorque de 2011, onde apresentará a colecção Primavera/Verão 2012.



António Afonso de Melo Pires é, a partir do último dia 1 de Setembro o primeiro português a ocupar o cargo de director-geral da fábrica da Volkswagen em Palmela, sucedendo a Andreas Hinrich. António Pires, de 52 anos, nascido em Setúbal e licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico, conta já com uma grande experiência dentro da marca alemã, tendo entrado para a Autoeuropa em 1992, para a área das carroçarias, apenas deixando a fábrica em 2003, quando se mudou para Navarra para dirigir a área das carroçarias na fábrica espanhola. Em 2006, nova mudança, desta vez para o Brasil, para dirigir a fábrica de São Bernardo do Campo, e, um ano depois, ainda no Brasil, chegava a director-geral da fábrica de Curitiba.
É com grande expectativa que se aguarda a liderança de um português na unidade fabril de Palmela, falando-se até já de um possível melhor entendimento com os sindicatos na discussão salarial para 2011, que se avizinha.
O novo director-geral da Autoeuropa, a avaliar pelas entrevistas entretanto divulgadas, mostra-se motivado e decidido a melhorar a fábrica de Palmela, impondo novos métodos de trabalho e melhorando os níveis de qualidade e eficiência, para que haja uma maior garantia de qualidade e fiabilidade face aos clientes. A possibilidade de se conseguir um quarto modelo da Volkswagen para a fábrica também foi falada na sua apresentação, afirmando António Pires que é possível e praticável face às capacidades da Autoeuropa, embora não imediatamente, mas negando a ideia de que a vinda de um novo modelo seja fulcral para a permanência da unidade em Portugal.