sábado, 16 de outubro de 2010

As marcas da nossa vida (6) - H3

Os cada vez mais populares hambúrgueres da cadeia h3 são já um dos mais bem sucedidos casos de empreendedorismo em Portugal. Responsável por trazer para o mundo das cadeias alimentares um conceito ainda em expansão, o do hambúrguer gourmet, o grupo português vai crescendo a olhos vistos desde a sua criação, em 2007.
A ideia foi obra de três amigos, Albano Homem de Melo (ex-publicitário), António Cunha Araújo (ex-advogado) e Miguel Van Uden (ex-mediador imobiliário). A experiência que serviu de lançamento para o h3 foi o Café 3, aberto pelos 3 amigos no Tivoli Fórum, em Lisboa, no ano de 2004. O conceito do café era servir boas refeições, a preços acessíveis e de forma rápida, e já nessa altura os hambúrgueres eram uma das especialidades da casa. A experiência adquirida no Café 3 permitiu aos três sócios lançarem-se para novos planos, e surgiu assim, após um ano de planeamento, a primeira loja h3 no Monumental, também em Lisboa, no ano de 2007.
Apesar de parecer difícil introduzir mais uma marca no já saturado mercado das refeições rápidas em Portugal, sobretudo na área dos hambúrgueres, o conceito de “not so fast food” fez sucesso desde o início, pois tratou de responder a duas das principais preocupações da maior parte dos seus clientes: a falta de tempo para refeições mais completas, mas também a preocupação em tentar fazer uma refeição o mais saudável possível nesse curto espaço de tempo.
Três anos volvidos e o sucesso da ideia é notório em muitos dos centros comerciais do país, contando a cadeia já com cerca de 30 restaurantes e 400 empregados. Este crescimento repentino da marca surpreendeu os fundadores, que, mesmo com o aumento da procura, procuram ao máximo que os produtos que servem sejam da máxima qualidade e de origem portuguesa, embora esta seja uma tarefa difícil, como refere António da Cunha Araújo em entrevista à revista Marketeer (nº 163, Fevereiro de 2010): “Não esperávamos crescer tão rapidamente, (…) O que queremos é garantir que servimos o mesmo hambúrguer em qualquer lado, ou seja, que terá a mesma composição. Mas será impossível que, no futuro, todos os novilhos sejam portugueses.”
Sendo um conceito inovador, a expansão da marca além fronteiras é já uma possibilidade, sendo os mercados espanhol e brasileiro os principais candidatos a receber o h3 num futuro próximo, tendo, no entanto já havido contactos de várias outras partes do mundo para expandir o conceito.
O h3 é assim, um exemplo empresarial em Portugal, responsável por revolucionar o mercado das refeições rápidas, revolução presente no slogan da marca acerca do hambúrguer, que diz: “Nasceu em Hamburgo, tornou-se popular em Nova York e gourmet em Portugal”.


H3 Tuga

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pub por Pub (7)




A Nike é uma das marcas mais reconhecidas a nível mundial, sendo um dos colossos quando se fala de vestuário desportivo. Para além de patrocinar várias equipas desportivas e eventos, a etiqueta americana é também conhecida pelos seus anúncios publicitários.
Estes anúncios da Nike tornaram-se famosos por serem divertidos, originais, e também por contarem quase sempre com a presença de alguns astros do desporto patrocinados pela Nike, muitas vezes a executarem manobras e peripécias que não estão ao alcance de todos.
Desta forma, aqui fica um anúncio da Nike, mas que não conta com nenhuma estrela desportiva, que não tem grandes momentos “televisivos”, mas que mesmo assim conta com o habitual humor da marca. Aliás, o principal elemento a destacar neste anúncio é que foi rodado na cidade de Lisboa, deixando assim um toque português (desta vez não futebolístico) no reportório publicitário da marca.
Durante um anúncio, podemos ver um desportista que decide fazer uma pausa na sua corrida e repor energias com um belo cachorro, quando o carro do vendedor ambulante descai e começa a fugir por uma das inúmeras descidas lisboetas. No final do anúncio, e após muito esforço, o corredor lá atinge a sua meta, o condimento desejado, e tudo isto porque tinha uns Nike calçados. Foi à beira-Tejo que o reencontro aconteceu, mesmo a tempo de ser lançada mão ao condimento antes que o carro fosse parar à água… e o deslizar do veículo dos cachorros fez justiça às colinas de Lisboa!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Citações (3) - Millôr Fernandes

"O que o dinheiro faz por nós não é nada em comparação com o que a gente faz por ele."
Millôr Fernandes
(citado em Jornal de Negócios, 4 de Outubro de 2010)

sábado, 2 de outubro de 2010

Renova Black chega ao Insead


Apesar das constantes más notícias relativas ao nosso país e da habitual desconfiança dos portugueses nas marcas nacionais, surgem, por vezes, notícias animadoras sobre a projecção que estas mesmas marcas atingem no exterior.
Desta vez é a Renova, marca de papel higiénico oriunda de Torres Novas, que se destaca, importância que se deve ao facto de a Renova ser, a partir de agora, o primeiro caso de estudo português na área do marketing (o BCP já era caso de estudo na área da banca de retalho) da conceituada escola de Gestão Insead, em Fontainebleau, nos arredores de Paris.
O motivo de estudo é o sucesso que a marca obteve com a inovadora ideia de lançar o primeiro papel higiénico preto, o Renova Black, em 2005. Desde então, o Renova Black já vendeu cerca de 10 milhões de unidades, fazendo sucesso também lá por fora e merecendo destaque em jornais como o The New York Times ou o El Mundo.
Agora, após o sucesso de vendas, chega a uma das mais reputadas escolas de Gestão do mundo pela mão de uma aluna portuguesa de MBA no Insead, que, no âmbito de um trabalho para a cadeira de Gestão de Marca, quis pegar em algo que fosse português, para deixar uma marca lusa na Universidade francesa.
Segundo Pierre Chandon, professor no Insead, o projecto destaca-se ainda mais pelo facto de a Renova ser ainda uma empresa familiar, com um orçamento reduzido, que conseguiu deixar a sua marca e tornar-se um exemplo em termos de inovação.