sábado, 26 de março de 2011

Garrafa "Verde", by Pepsi


A PepsiCo anunciou recentemente que conseguiu produzir uma garrafa composta na sua totalidade por materiais ecológicos e renováveis.
A garrafa em questão é produzida a partir de cascas de milho, de pinheiro e gramíneas, entre outros produtos, culminando assim numa embalagem que apresenta praticamente as mesmas características (inclusive textura e estrutura molecular semelhante) às de plástico (PET) actualmente produzidas a partir do petróleo.
Assim, esta embalagem agora divulgada é 100% reciclável, o que não acontece com o plástico, e também inteiramente produzida através de compostos e matérias-primas biológicas, podendo assim estar dado o primeiro passo para uma grande revolução na área dos plásticos, pois esta nova garrafa representa um substituto aparentemente à altura, mas muito mais “verde”, podendo também ter um impacto muito positivo na diminuição da dependência face ao petróleo para a produção deste tipo de embalagens.
No futuro, as fontes de matérias-primas para a produção da garrafa podem ser diversificadas incluindo cascas de batata, laranja, entre outras, o que é também um aspecto positivo pois a matéria-prima para a produção da garrafa resultará essencialmente das sobras de vários negócios da área alimentar, podendo assim este processo produtivo ser destino de muitos desses resíduos, tornando-se mais eficiente e ecológico.
A produção desta garrafa ecológica vai ter a sua fase piloto já em 2012, estando prevista para depois a sua comercialização em massa.
Fica assim mais um exemplo do impacto que os departamentos de Investigação e Desenvolvimento das empresas podem ter não só na actividade dessas empresas mas também nos comportamentos da sociedade.

sábado, 19 de março de 2011

Citações (9) - H. Norman Schwarzkopf

"A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e carácter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia."

H. Norman Schwarzkopf

Fonte: Citador

sexta-feira, 11 de março de 2011

As marcas da nossa vida (10) - Lego


Estamos num mundo em plena mudança e os brinquedos não são excepção. Cada vez mais a expansão da era tecnológica chega ao mercado dos brinquedos, onde os jogos de vídeo e de mundo virtual vão ganhando terreno face aos “carrinhos”, às bonecas e a muitos outros artefactos para a brincadeira. Apesar disto, várias marcas mais tradicionais ainda se impõem à mudança dos tempos, continuando a lançar novos produtos, a desenvolver as capacidades das crianças e a criar memórias preciosas da infância.
Uma dessas marcas é a Lego, conhecida pelos seus “tijolos” de brincar que, nestes longos anos de existência, têm permitido a milhares de crianças (e não só) construir um número infindável de criações.
A história da Lego começou em Billund, na Dinamarca, onde ainda hoje a marca está sediada, pelas mãos de Ole Kirk Kristiansen, um carpinteiro que montou o seu pequeno negócio de brinquedos feitos a partir de madeira, corria o ano de 1932. Dois anos depois, a firma ganhou então o nome de Lego, que deriva das duas primeiras letras das palavras dinamarquesas “LEg GOdt" que significam “brincar bem”. Nesta altura, estavam já ao serviço da Lego seis trabalhadores.
Em 1940, com a Dinamarca ocupada pela Alemanha nazi, Godfred Kirk Christiansen, filho do fundador, não foi estudar para a Alemanha como tinha planeado, tornando-se então gerente da empresa onde trabalhava desde os 12 anos. Dois anos depois, a Lego sofreu um grande revés, quando a sua fábrica ardeu, embora a produção tenha sido restabelecida rapidamente, atingindo a empresa os 40 trabalhadores logo no ano seguinte. Em 1947, a empresa foi a primeira na Dinamarca a adquirir uma máquina que permitia produzir brinquedos utilizando o plástico, aproximando-se assim do modelo de brinquedos que hoje conhecemos.
A década de 50 foi uma década de grande expansão para a marca de Billund, pois os brinquedos de plástico ganharam cada vez mais expressão, sendo que, em 1951, já eram responsáveis por metade da facturação da empresa, culminando essa expansão no aparecimento e na patente dos “tijolos Lego” em 1953, modelo que foi evoluindo e atingiu em 1958 a forma semelhante aos que ainda hoje são comercializados. Em 1954, surgiam também os primeiros Lego System, o modelo que se tornou o mais popular e, ainda nesse ano, a palavra Lego era também patenteada na Dinamarca. Em 1958, com o falecimento do fundador da marca, assumia o controlo da empresa o seu filho, então já nas estruturas directivas da empresa.
Nos anos 60, a marca lançou mais produtos, como a linha Duplo, os primeiros comboios eléctricos, e também se deu o aparecimento da roda nos brinquedos Lego, o que conduziu aos primeiros carros modelo Lego. Em 1966, os produtos Lego eram já comercializados em 42 países em virtude da expansão internacional iniciada em finais dos anos 50, e, dois anos mais tarde, foi inaugurado o primeiro parque de diversões da Lego, a Legoland, na terra natal da marca, em Billund.



Parque Temático Legoland, em Billund, Dinamarca

Em 1973, surgiu a Lego Portugal, tendo, no ano seguinte, aparecido os conjuntos de figuras familiares Lego, que tornaram possível a criação de uma verdadeira vida imaginária com peças Lego. O ano de 1977 viu aparecer a linha Lego Technic, dedicada a crianças já mais crescidas, com modelos de construção mais complexos e, em 1979, Kjeld Kirk Kristiansen, neto do fundador, era nomeado CEO da empresa.
Por esta altura, a Lego era já uma referência a nível mundial, ao mesmo tempo que continuava a lançar novas linhas de brinquedos, usando sempre como base as construções e os pequenos tijolos Lego, mas diversificando a sua oferta, mantendo-se a par das tendências e agradando a um público que se tornou cada vez mais exigente devido à quantidade crescente de produtos no mercado dos brinquedos.
Em Agosto de 1988, em Billund, foram organizados pela primeira vez os campeonatos mundiais de construção em Lego.
Já nos anos 90, a marca atingiu o “top ten” dos fabricantes de brinquedos mundiais e cresceu também, mas não essencialmente em termos de linha de brinquedos, uma vez que abriram os primeiros parques temáticos Lego fora da Dinamarca, o primeiro em Windsor, no Reino Unido, em 1996, e o segundo na Califórnia, em 1999. Em 1993, foi lançada também a linha de roupa infantil “Lego Kid’s Wear” e, em 1996, aparecia o site www.lego.com .
Em 2004, devido às grandes perdas e ao elevado défice que a marca apresentou, a Lego mudou de estratégia e Jørgen Vig Knudstorp assumiu a função de CEO e os parques temáticos foram vendidos à Merlin Entertainments, detida em parte pela Lego. Em 2007, já em melhor condição financeira, a Lego comemorou o seu 75º aniversário, e atingiu, em 2009, o patamar de 5º maior fabricante mundial de brinquedos em termos de vendas.
Desta forma, a Lego tem sido uma das mais marcantes empresas na vida e no desenvolvimento de muitas crianças por todo o mundo, dando mais cor, alegria e imaginação às brincadeiras, fazendo justiça à sua missão enquanto empresa de “Inspirar e desenvolver os construtores de amanhã”…


Evolução do logótipo da Lego

quarta-feira, 2 de março de 2011

Economistas mais influentes da última década e do período pós-crise

Recentemente, o jornal “The Economist” promoveu uma sondagem para apurar quais os cinco economistas mais influentes da última década e também os economistas cujas ideias e teses se tornarão importantes no período pós-crise.
Na análise à última década, em 1º lugar aparece o nome de Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal Americana (FED), seguido de John Keynes, cujo pensamento económico característico do período pós-crise de 1929 é ainda tido em grande conta, tendo alguns dos seus princípios sido aplicados por líderes mundiais recentemente.
Quanto aos economistas cujas ideias serão cada vez mais influentes no futuro, a lista é liderada pelo Raghuram Rajan, da Universidade de Chicago, cuja obra mais conhecida é “Fault Lines”, em que atribui aos governos e à sua atitude facilitadora da expansão sem dimensões do crédito uma grande contribuição para a actual crise.

Listas Completas:
Qual foi o economista mais influente da última década?
1. Bem Bernanke
2. John Maynard Keynes
3. Jeffrey Sachs
4. Hyman Minsky
5. Paul Krugman

Qual o economista cujas ideias serão mais importantes num mundo pós-crise?
1. Raghuram Rajan
2. Robert Shiller
3. Kenneth Rogoff
4. Barry Eichengreen
5. Nouriel Roubini

Fonte: Expresso ("Economia"), nº1999, 19 de Fevereiro de 2011