quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pub por Pub (11)



Nos últimos anos, a Nike tem-nos presenteado com algumas das mais reconhecidas e criativas campanhas do mundo da publicidade.
Desta vez, o anúncio lançado não é excepção ao bom reportório publicitário da marca desportiva americana, afirmando esta que lançou para os meios de comunicação o primeiro anúncio 100% reciclado.
Mas em que consiste um anúncio reciclado? Bem, através da sua visualização, vemos que a marca construiu um anúncio inteiramente a partir de fragmentos de antigos anúncios seus, alguns claramente identificáveis para os conhecedores e fãs da publicidade da marca.
Desta forma, produziu uma publicidade nova a partir de projectos anteriores, poupando no processo de produção do novo anúncio e rentabilizando ainda projectos já arquivados.
Todo o anúncio roda em volta dos valores da Nike, de promoção do Desporto e do impacto que este tem na nossa sociedade, ao nível da promoção da saúde, da igualdade entre raças e sexos e até mesmo na paz. E, para que assim continue, a Nike compromete-se a continuar a produzir os melhores equipamentos para a prática desportiva, mas sem danificar ainda mais o nosso planeta, colocando ênfase na sua política ambiental, em que este anúncio se insere.
Desconhecem-se os efeitos positivos que a reciclagem do anúncio possa ter tido em termos de pegada ambiental, mas a iniciativa é boa e interessante, prometendo lançar um novo conceito para o mundo da publicidade.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Portugal pouco responsável nas contas...

As crises económicas e financeiras são sempre períodos tumultuosos para as sociedades em geral, mas devem ser também encaradas como oportunidades para aprender com os erros cometidos, para analisar as verdadeiras consequências e garantir que não se volta a cair na mesma situação, ou pelo menos não tão facilmente.
Este tipo de aprendizagem é sobretudo notória nas Universidades, cuja investigação durante os tempos de crise é constante e produtiva, ou não fossem as crises um período altamente rentável em termos de experimentação económica.
Desta forma, na Universidade de Stanford, nos EUA, quatro alunos publicaram recentemente uma proposta de índice de responsabilidade orçamental.
Este índice foi construído com base em três factores, o nível de endividamento, a sustentabilidade desse mesmo endividamento e o grau de responsabilização e transparência nas decisões orçamentais.
Primeiramente, os autores calcularam o máximo que a dívida pode crescer em percentagem do PIB até se tornar insustentável, ou seja, a sua margem de manobra. Em segundo lugar, foram efectuados cálculos para determinar quanto tempo cada país levará até atingir esse limite e, finalmente, foram analisadas as regras orçamentais que vigoram em cada estado analisado e a transparência das decisões tomadas.
O mais preocupante neste índice é que ele vai na primeira edição, pelo menos nestes termos, e Portugal já está posicionado em penúltimo lugar (33º), apenas à frente da Grécia, cuja margem de manobra da dívida é já de 0, ou seja, já atingiu o máximo em dois dos indicadores do estudo, o da margem de manobra e o da sustentabilidade.
Em termos de margem de manobra, os estudantes estimaram que a de Portugal se situaria nos 27% e que, nas actuais condições, serão necessários apenas 5 anos para que essa dívida se torne insustentável. Em termos de transparência, Portugal tem 4 países atrás de si, o que mesmo assim não transmite grande confiança acerca do sistema português, que nem sempre tem sido considerado transparente, justo e incorrupto, fazendo assim justiça a esta nomeação.
Os primeiros lugares deste ranking são ocupados pela Austrália, Nova Zelândia e Estónia, respectivamente, ocupando o Reino Unido o 9º lugar e os EUA apenas o 28º.
Que Portugal está mal é do conhecimento público, mas cada vez mais nos vamos apercebendo do porquê desta situação, e chegando à conclusão de que medidas estruturais são necessárias, mudando governos mas também mentalidades…

Fonte: Expresso Economia nº2006 (9 de Abril de 2011)

domingo, 3 de abril de 2011

Citações (10) - Séneca

"Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos. É justamente porque não ousamos que tais coisas são difíceis!"

Séneca

Fonte: Revista Dirigir nº113 (Jan. a Mar. 2011)