sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Steve Jobs e o futuro da Apple


Esta semana terminou o período como CEO de um dos mais conceituados e respeitados dirigentes dos últimos anos, Steve Jobs.
Numa carta dirigida ao Conselho de Administração da Apple e a toda a comunidade da marca da maçã, Steve Jobs apresentou a sua demissão, dizendo que sentiu que chegou o dia em que não conseguiria mais corresponder às expectativas como CEO da Apple, dizendo-se que este anúncio aparece em muito relacionado com os problemas de saúde com que Jobs se tem debatido nos últimos anos.
Apesar de deixar o cargo de Presidente Executivo da tecnológica americana, Steve Jobs continuará a exercer funções na empresa, mas agora como Presidente do Conselho de Administração. O cargo de CEO será ocupado por Tim Cook, que já conta com 10 anos de experiência na empresa e que os analistas mundiais consideram capaz de continuar o legado do fundador da marca.
Jobs foi um dos fundadores da Apple, no ano de 1976, e manteve-se na empresa até 1985, quando divergências com a estrutura directiva o levaram a abandonar a marca que tinha ajudado a fundar. Em 1996, regressava à empresa, já depois de ter fundado a Next (adquirida pela Apple nesse ano) e de ter tido um enorme impacto na indústria da animação, na época em que liderou a Pixar.
Desde o seu regresso, a Apple tornou-se numa marca de enormes dimensões, cujos produtos revolucionaram o panorama tecnológico mundial.
Agora, muito se especula acerca do seu futuro sem Steve Jobs. A demissão do CEO provocou uma descida na cotação das acções da empresa e uma subida nas acções de vários concorrentes.
Apesar de muitas vezes ser criticado pelas políticas de produtos que aplicou na Apple, e também pelo seu estilo de gestão considerado duro e impessoal, a verdade é que Steve Jobs deixou uma enorme marca no mundo empresarial e tecnológico, pelos métodos que utilizou e pelos produtos que ajudou a criar.
Uma citação sua corre no mundo da gestão: “É a inovação que distingue um líder de um seguidor”.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Gestão à vista (2) - Drive: The surprising truth about what motivates us



Este vídeo tem como grande base o livro Drive, de Daniel Pink, e mais especificamente o seu discurso na RSA, a RoyalSociety for the Encouragement of Arts, Manufactures and Commerce, uma sociedade que tem como objectivo a discussão e o lançamento para a sociedade de ideias que maximizem e dêem a descobrir todo o potencial humano.
No caso específico deste pequeno vídeo, o principal tema é a motivação dos trabalhadores, e em especial qual o papel que o dinheiro representa como motivador.
Durante o vídeo, são-nos mostrados os resultados de um estudo que obteve a conclusão de que nem sempre o dinheiro é o melhor motivador, e que este perde um espaço considerável quando falamos de actividades cognitivas. Em paralelo com o dinheiro, o estudo apresenta outras motivações, que são a autonomia, a mestria numa dada actividade e o propósito da realização desta. Já no final, é feita uma análise ao que acontece quando o objectivo lucro ultrapassa o propósito da empresa e das implicações que isso tem na sua imagem.

sábado, 13 de agosto de 2011

Marcadores (2) - David Ricardo



David Ricardo nasceu em Londres em 1772. A sua família era judaica, de origem portuguesa, e tinha-se estabelecido na capital britânica depois de ter estado na Holanda. O seu pai trabalhava na Bolsa de Londres, tendo David começado a acompanhá-lo na sua actividade com apenas 14 anos.
Aos 21 anos foi deserdado pela família por ter casado com uma mulher não judia, mas nessa altura tinha já vários conhecimentos no mercado bolsista, o que lhe permitiu manter-se na actividade em que tinha entrado com o pai durante mais alguns anos e constituir uma fortuna considerável.
Aos 27 anos, David Ricardo leu A Riqueza das Nações, de Adam Smith, livro que nessa altura lhe despertou o interesse pelos assuntos económicos.
Dez anos mais tarde, publicou o seu primeiro artigo económico e a sua obra mais notável, Princípios de Economia Política e Tributação, foi publicada corria o ano de 1817.
As suas ideias e pensamentos económicos tiveram grande influência na altura, tendo dado origem à primeira grande doutrina económica. Os seus seguidores formaram então a chamada “escola clássica”, que teve grande impacto no pensamento económico.
A sua teoria económica era centrada na Lei dos Rendimentos Decrescentes, especialmente quando interligada com as questões das rendas da terra cultivável, tudo isto numa altura em que a economia mundial estava essencialmente baseada na agricultura. Outros dos destaques da sua linha de pensamento foi a Lei da Vantagem Comparativa, acerca dos benefícios do comércio livre e da especialização das nações no que melhor produziam.
David Ricardo foi também membro do Parlamento Britânico, mais precisamente da Casa dos Comuns. Faleceu no ano de 1823, aos 51 anos.


Principles of Political Economy and Taxation
Londres, 1817


Fontes Utilizadas:
About.com Economics - The Life and Works of David Ricardo
Wikipedia - David Ricardo
César das Neves, João Luís. Introdução à Economia. 8ª edição. Lisboa, Verbo, 2007


domingo, 7 de agosto de 2011

As marcas da nossa vida (14) - Adidas


A história da famosa marca de artigos desportivos começou no ano de 1920, na Alemanha, pelas mãos de Adolf Dassler. No início, Dassler tinha como objectivo a produção de calçado durável e resistente que fosse ao encontro das necessidades dos atletas e fosse também uma ferramenta útil na prevenção das tão indesejadas lesões.
Começou o seu negócio na casa de banho da casa da mãe, com ajuda de dois sapateiros, produzindo calçado em cabedal com trabalho exclusivamente manual.
Três anos depois, conseguiu que o seu irmão Rudolf se juntasse ao negócio, sendo assim criada a Dassler Brothers Shoe Factory Herzogenaurach. Pouco tempo depois, a produção atingia já as 50 unidades diárias, maioritariamente de calçado de atletismo e, em 1925, surgiram pela autoria da Dassler as primeiras botas para futebol com pitons incorporados.
Nos Jogos Olímpicos de Amesterdão, em 1928, vários atletas corriam já com sapatos Dassler, aproveitando Adolf esta oportunidade para estar em contacto com os atletas e assim juntar ideias para optimizar os seus produtos.
A marca continuou a sua especialização no desporto, entrando cada vez mais na indumentária dos atletas de alta competição. Em 1931, produziu os primeiros sapatos dedicados à prática de ténis.
O sucesso nos Jogos Olímpicos continuou, tendo várias medalhas e recordes do mundo sido conquistados por atletas que calçavam sapatos Dassler, tanto nas Olimpíadas de 1932 (Los Angeles), como de 1936 (Berlim), entrando nesta lista o norte-americano Jesse Owens. No final da década de 1930, a Dassler produzia já 30 modelos de sapatos para 11 desportos, chegando a sua produção aos 1000 pares diários.
Após a 2ª Guerra Mundial, a empresa voltou à actividade em pleno no ano de 1947 e, apenas um ano depois, deu-se uma grande mudança na empresa. Os dois irmãos decidiram separar-se, ficando Adolf com a Dassler, e mudando o nome da empresa para Adidas, uma junção da sua alcunha, Adi, com o seu apelido, Dassler. O seu irmão Rudolf criou então a Puma. Foi também nesta altura que as três riscas tradicionais da marca foram introduzidas no calçado.
Nos anos 50, a Adidas começou a dar mais atenção ao futebol, tendo introduzido várias inovações nas botas apropriadas a este desporto que tiveram grande impacto na sua maneira de jogar. Ficaram associadas à Adidas, por exemplo, a conquista do Campeonato do Mundo de 1954 pela selecção alemã, equipa que usava as botas Adidas com pitons adaptáveis. O domínio nos Olímpicos era também notório, já que, nas Olimpíadas de Melbourne, em 1956, 75% dos medalhados calçavam Adidas.
Em 1961, a Adidas começou a produzir também têxtil desportivo, tendo começado dois anos mais tarde a produção de bolas de futebol, que ainda hoje são as utilizadas em grande parte das competições futebolísticas mundiais. Ainda nesta década, contínuas inovações foram introduzidas nos produtos, tendo a marca mantido o domínio absoluto nas principais competições desportivas mundiais.
No Campeonato Mundial de Futebol do México, em 1970, uma bola Adidas, a “Telstar”, foi pela primeira vez a bola oficial duma competição. Nos Jogos Olímpicos de Munique (1972), a marca tornou-se também a patrocinadora oficial do evento. Ainda nesse ano, para diferenciar os produtos genuínos das falsificações, a marca introduziu o logótipo do Trevo.

Logótipo do Trevo

Em 1976, os destinos da Adidas eram já geridos pelo filho do fundador, Horst Dassler, que a levou a líder mundial em termos de inovação desportiva. Nesta altura, várias personalidades do desporto, como Franz Beckenbauer ou Muhammad Ali, calçavam Adidas. Em 1978, faleceu o fundador da marca e grande impulsionador das suas inovações, Adi Dassler.
Nos anos 80, e apesar da liderança que a Adidas tinha no mercado e no mundo desportivo, a empresa passou por algumas dificuldades. A estrutura industrial pesada manchava os resultados, sobretudo numa altura em que a concorrência era já maior, sobretudo por parte da Nike. Então, corria o ano de 1985, Horst Dassler deu início a uma reformulação da empresa, alterando as estruturas e reduzindo o seu pendor industrial, direccionando ainda mais a empresa para a inovação desportiva. Esta mudança já não seria terminada por Horst, pois faleceu em 1986, com apenas 51 anos. Três anos depois, e apesar da empresa continuar no controlo da família Dassler, a Adidas tornava-se uma sociedade de capitais. Esta abertura de capitais levou ao abandono do rótulo de empresa familiar quando, em 1990, a família vendeu acções. O maior accionista da marca passou então a ser o francês Bernard Tapie. No entanto, a gestão da marca passou por períodos conturbados nos anos seguintes, com as faltas de liquidez do então dono e problemas com os bancos.
Em 1993, Robert Louis-Dreyfus tomou então o controlo da empresa. Sob a sua gestão, a Adidas voltou ao sucesso dos tempos áureos. A marca continuou a inovação e a focalização desportiva, mas deu também mais atenção ao vestuário comum.
A reformulação da marca continuava em marcha e, em 1996, a Adidas procurou associar-se a caras novas do desporto mundial, como David Beckham ou Anna Kournikova. Ainda nesse ano, foi lançado o novo logótipo. Em 1998, era já cotada em bolsa e dava entrada no índice DAX (onde estão presentes as 30 maiores empresas alemãs). Em 1999, a empresa comemorou o seu 50º aniversário, e inaugurou também a nova sede, na cidade onde a marca nasceu, Herzogenaurach.
Nos anos mais recentes, a Adidas voltou definitivamente à posição de topo. A empresa abriu as suas primeiras megastores em várias capitais mundiais, continuou a sua associação exclusiva aos grandes eventos desportivos mundiais, bem como a diversos dos mais conhecidos atletas. Durante os últimos 10 anos, a marca tem tido vários anos de vendas recorde, aumentando cada vez mais o seu valor. Em 2006, a Adidas adquiriu a Reebok, juntando assim num grupo duas das maiores insígnias desportivas mundiais.
A Adidas tornou-se numa referência incontornável no desporto mundial, tendo, ao longo da sua história, demonstrado que a aposta constante na inovação e na atenção dada a cada um dos seus atletas deram resultados impressionantes, colocando novas tecnologias ao dispor da alta competição e trazendo-as depois para o comum dos desportistas por lazer, assegurando assim um papel importante na promoção e elevação da qualidade do desporto mundial.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Pub por Pub (13)



Este anúncio, produzido pela filial argentina da agência publicitária BBDO, tem como objectivo promover a H2OH!, um dos produtos da Pepsico, mais conhecida pela sua Pepsi. Este produto consiste numa água com sabores e tem tido maior sucesso na América do Sul.
Durante o anúncio, vemos um jantar de família que contava com uma novidade. Pela primeira vez, o namorado da filha do casal jantava com a família da amada.
Normalmente, este tipo de jantares não são totalmente do agrado da pessoa que se apresenta, mas este foge à regra. Logo ao início, a matriarca da família fica encantada pelos gostos musicais do namorado da neta, mas o rol de elogios continua e espalha-se por toda a família, tendo o rapaz a sorte de não fazer parte daquele conjunto de cônjuges tomados de ponta pelos sogros. Adequou-se perfeitamente à família, deixando todos a suspirar.
Foi assim a companhia perfeita para uma refeição, tal como a Pepsico defende que a sua bebida é.
Este anúncio entrou ainda na lista dos vencedores do festival Cannes Lions 2011, tendo sido galardoado com um Gold Lion.