segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Citações (13) - Thomas Edison

"As oportunidades são muitas vezes desperdiçadas pelas pessoas, porque aparecem vestidas de fato-macaco e parecem trabalhosas"

Thomas Jefferson

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

As marcas da nossa vida (18) - Unilever

A Unilever nasceu como empresa oficialmente no dia 1 de Janeiro de 1930. No entanto, a sua história já tinha começado uns anos antes, uma vez que o que lhe deu origem foi a junção de duas empresas cujas raízes remontam ao século XIX. Uma delas, a Lever Brothers, era uma empresa de sabão inglesa, iniciada por William Lever em 1884. A outra empresa foi a Margarine Unie, uma junção de empresas produtoras de margarina, de onde se destacavam a Jurgens e a Van der Bergh, duas empresas familiares holandesas iniciadas em 1872, que durante muitos anos foram rivais na produção de margarina, mas que se associaram em 1908.
Ambas as empresas tinham já presença internacional e tinham agregado outras no seu percurso, de que se destacam, por exemplo, a Walls, pertença da Lever Brothers, que ainda hoje existe e produz gelados. Em Portugal é conhecida como Olá e, na altura em que foi integrada na Lever Brothers, o seu negócio principal não era a produção de gelados mas sim de salsichas.
A Unilever é actualmente uma das maiores empresas de retalho mundiais, sendo a sua maior concorrente a americana Procter & Gamble, rivalidade que começou logo no ano do nascimento da Unilever, quando a empresa americana entrou no mercado britânico.
No período da 2ª Guerra Mundial, a Unilever passou por algumas dificuldades, que se prenderam sobretudo com o corte na relação entre os negócios da empresa nos territórios ocupados pela Alemanha e o Japão e as sedes da empresa de Londres e Roterdão. Esta separação forçada dificultou a vida à empresa, mas trouxe também lições importantes. Para fazer face a essa dificuldade, a Unilever optou por uma estrutura organizacional que conferia mais independência às divisões da empresa em cada nação, permitindo assim uma concentração maior nas necessidades dos clientes de cada país. No final da Guerra, a empresa ganhou de novo o controlo pleno dos seus negócios internacionais, mas a estrutura organizacional adoptada anteriormente manteve-se. Apesar disto, os negócios da empresa na China e na URSS foram “perdidos”, devido à nacionalizações e controlo político por parte desses regimes na altura.
Os anos 50 foram de crescimento para a marca, mesmo apesar do revés acima referido. Em 1955, a empresa introduziu no mercado britânico os fish sticks ou “douradinhos” como são conhecidos em Portugal, que se tornaram um elemento de relativa importância na alimentação dos britânicos. Ainda nesse ano, introduziu também a marca de sabonetes Dove nos EUA. Três anos mais tarde, entrou no mercado dos congelados na Holanda, com a aquisição da Vita NV, que mais tarde se viria a tornar o Grupo Iglo.
Em 1960, apareceu outra das marcas de renome da Unilever, a margarina Becel, que surgiu como resposta a um pedido que a comunidade médica endereçou à Unilever para produzir um produto que baixasse o colesterol. Devido a esta sua propriedade, a Becel era, nessa altura, apenas comercializada em farmácias. Em 1963, foi lançada no mercado europeu a marca de gelados Cornetto. Nesse ano, a Becel passou ainda a ser considerada margarina de dieta, e com esta nova denominação passou a poder ser comercializada fora das farmácias. Quatro anos depois, deu-se a primeira aparição televisiva do Capitão Iglo (Captain Birds Eye no Reino Unido).
Os anos 70 foram mais complicados para a empresa. O choque do petróleo de 1973 afectou o consumo em todo o mundo, e o único ponto positivo desse choque foi o aumento dos lucros na filial africana da empresa, potenciados pela Nigéria, país exportador de petróleo. Para além disso, na década de 70, os super e hipermercados proliferaram no mundo desenvolvido. Este tipo de comércio teve desde início um grande poder de negociação, o que enfraqueceu um pouco as capacidades negociais de fornecedores como a Unilever.
Apesar da conjuntura menos favorável, em 1971, a Unilever adquiriu a Lipton e tornou-se uma das maiores empresas mundiais na área do chá. Adquiriu também a Frigo, uma marca de gelados espanhola, e já no final da década, em 1978, adquiriu a National Starch, uma empresa americana de produção de adesivos, completando uma das maiores aquisições nos EUA por parte de uma empresa europeia.
No início da década de 80, outras duas marcas emblemáticas foram acrescentadas ao portefólio: Vienetta, que começou no Reino Unido, e a Axe, que iniciou em França. Devido à sua estratégia de crescimento, essencialmente baseada em aquisições, a Unilever tinha uma estrutura pesada e dispersa por várias áreas de negócio. Dessa forma, em 1984, deu início à Core Business Strategy, que resultou na alienação e desinvestimento de várias marcas, tendo esses fundos sido transferidos para as marcas que constituíam o negócio nuclear da empresa.
Nos anos 90, a reestruturação da empresa continuou, com a venda de algumas marcas e por vezes com a eliminação de divisões completas da empresa. Novas marcas foram também introduzidas, como é o caso da marca de champô Organics. A Unilever também adaptou a sua estratégia à realidade da altura, em que as preocupações ambientais e de saúde começavam a ter mais impacto. Assim, lançou um código de princípios para reduzir as gorduras nos seus produtos alimentares e iniciou um compromisso para pescar o peixe para os seus produtos apenas em zonas de pesca sustentáveis.
Os anos 2000 chegaram, mas a palavra de ordem na empresa continuou a ser reestruturação. Mais marcas foram alienadas e outras foram adquiridas, continuando presente a intenção de dar maior importância às marcas que faziam parte do núcleo da empresa, ou seja, os sectores de cuidado pessoal, doméstico e alimentação. Das marcas que nessa altura passaram a fazer parte do universo Unilever destacam-se por exemplo a Ben & Jerry’s. A estratégia de reorganização da empresa ficou conhecida como “Path to Growth” e pretendia essencialmente, tal como referido atrás, focar a empresa nas marcas e nos sectores de mais relevo, mas também aumentar as margens da Unilever nesses mesmos produtos, e trazer uma nova estrutura organizacional à empresa. A Unilever tornou-se uma empresa mais sustentável e com menor pegada ambiental, através de vários processos de certificação de fornecedores, entre outras iniciativas.
Actualmente, a Unilever é uma das maiores empresas a nível mundial, contando com mais de 400 marcas, que comercializa em mais de 180 países. Os seus colaboradores são mais de 160 000 e a empresa estima que todos os dias 2 mil milhões de pessoas usem produtos Unilever.

Algumas das marcas Unilever

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Prémio Nobel da Economia 2011

Christopher Sims e Thomas Sargent

Foram divulgados esta segunda-feira os vencedores do Prémio Nobel da Economia de 2011. Os vencedores são Christopher Sims e Thomas Sargent, e foram galardoados pelas suas investigações na área da macroeconomia, mais especificamente sobre as implicações que a política económica tem em diversas variáveis como o PIB, a inflação, o emprego e o investimento, sendo os modelos desenvolvidos por ambos bastante utilizados actualmente para averiguar o impacto de várias políticas económicas. Os trabalhos desenvolvidos por ambos os economistas são independentes, mas segundo a Academia Sueca acabam por se complementar, daí o prémio ter sido atribuído conjuntamente.

Christopher Sims concluiu a sua licenciatura na área da matemática na Universidade de Harvard e obteve depois um doutoramento em economia pela mesma Universidade. É actualmente professor de economia na Universidade de Princeton, nos EUA, e tem desenvolvido muito do seu trabalho na análise do efeito das taxas de juro definidas pelos bancos centrais.

Thomas Sargent estudou na Universidade de Berkeley e obteve um doutoramento na Universidade de Harvard. Actualmente é professor de economia e negócios na Universidade de Nova Iorque, e dedicou maior parte do seu trabalho ao tema da inflação.

Fontes utilizadas:
Diário Económico
Expresso
Diário de Notícias

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs (1955-2011)


Steve Jobs morreu aos 56 anos, deixando um legado absolutamente impressionante não só em termos empresariais, mas também com uma marca profunda no mundo actual graças à sua persistência e ao seu espírito inovador e empreendedor.
A Apple é actualmente a empresa mais valiosa do mundo, mas o contributo de Steve Jobs vai para além disso. Para além dos produtos revolucionários que preenchem o universo tecnológico e marcam uma geração, fica também, entre outros contributos, o impacto no cinema de animação, através dos estúdios Pixar, a que presidiu até à venda destes à Disney.
Em Agosto, Steve Jobs deixou o cargo de CEO da Apple, alegando que não se sentia já capaz de desempenhar o seu trabalho nas melhores condições, e passou a ocupar o cargo de chairman. Nessa altura, muito se especulou acerca do agravamento do seu estado de saúde, que era já muito debilitado.
Considerado um dos melhores e mais emblemáticos CEOs de sempre e um verdadeiro génio, têm-se espalhado um pouco por todo o mundo as mensagens de solidariedade e apreço por Steve Jobs.

Esta é a mensagem que a Apple deixou no seu site:
"A Apple perdeu um génio visionário e criativo, e o mundo perdeu um espantoso ser humano. Aqueles que tiveram a sorte de conviver com o Steve perderam um grande amigo e um mentor inspirador. O Steve deixou para trás uma empresa que só ele podia ter criado, e o seu espírito será, para sempre, as bases da fundação da Apple".

Fica ainda uma frase que Steve Jobs deixou como lema no seu emblemático discurso em Stanford: “Stay hungry, stay foolish”

Fica também um antigo anúncio da Apple, intitulado "Crazy Ones", onde no final foi colocada a imagem de Steve Jobs como homenagem: