domingo, 25 de julho de 2010

Leituras (1) - Sobre "A Arte da Guerra", de Sun Tzu

Escrita no Império Chinês pelo conhecido estratega Sun Tzu, durante o século VI a.C., esta obra serviu de referência para vários dos grandes oficiais e estrategas militares presentes nos conflitos da nossa História.
Recentemente, a utilização prática deste tratado de guerra foi alargada e, actualmente, é tida como leitura obrigatória para os gestores e líderes de empresas de topo, pois, em vários passos presentes ao longo dos treze capítulos, são fornecidas tácticas e conselhos simples e eficazes sobre como moralizar e lidar com as tropas, estabelecer planos, atacar, defender, manobrar, passos estes que saem do sentido estritamente militar e continuam plenos de sentido no domínio empresarial.
É assim uma obra de relevo para os empresários de hoje em dia, estimulando as capacidades de se manter forte no campo dos negócios, resistir ao panorama exterior e interior e, mais que tudo, a capacidade de liderar, mantendo uma relação próxima, de respeito e de abertura com os colaboradores, conseguindo estimular a moral e levando a que todos compreendam a visão e a missão da empresa e rumem no mesmo sentido com gosto, eficácia e dedicação.
É uma obra estratégica a ler e analisar, sem dúvida, com contributos para o mundo da gestão.
O leitor interessado deve gastar algum tempo a folhear as diversas edições presentes no mercado, pois a oferta é variada, havendo edições apenas com os princípios do mestre Sun Tzu enquanto outras edições apresentam interpretações esclarecidas de vários dos tradutores e estudiosos desta obra, incluindo algumas até mesmo relatos dos episódios históricos que terão levado à constituição dos princípios.
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1. "O general é o baluarte do Estado: se o baluarte for completo a todos os níveis, o Estado será forte; se o baluarte for deficiente, o Estado será fraco."
2. "O líder perfeito cultiva a lei moral e adere estritamente ao método e à disciplina; assim, está nas suas mãos controlar o sucesso."
3. "Um exército pode marchar grandes distâncias sem grandes dificuldades, se marchar por regiões onde o inimigo não se encontra."
4. "Manobrar um exército é vantajoso; com uma multidão indisciplinada, é extremamente perigoso."
[citações a partir da edição anotada por Lionel Giles (Lisboa: Edições Sílabo, 2007)]

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