sábado, 5 de fevereiro de 2011

Pub por Pub (10)



Quando observamos um anúncio a um automóvel, esperamos sempre que, durante aqueles minutos em que decidimos dar atenção à televisão para sermos informados acerca do produto em questão, em primeiro lugar, apareça o dito automóvel. Pode ser numa daquelas maravilhosas estradas pela serra, ou no seu habitat natural, seja a pista para os mais desportivos ou o centro de uma movimentada cidade para os mais pequenos e económicos.
Esperamos ouvir o motor a “roncar”, se a alta potência for o principal atributo, ou então uma família numerosa e feliz a entrar para o veículo, se a marca nos quiser vender um automóvel espaçoso. O Audi A5 fica decididamente no primeiro lote, o dos desportivos, dos rápidos, embora ao mesmo tempo confortáveis e distintos.
Mas a verdade é que neste anúncio ao Audi A5 não vemos nada do anteriormente referido, nem mesmo uma referência à soberba engenharia automóvel de que os alemães tanto se orgulham.
Neste minuto que dura o anúncio, somos então banhados por um conjunto de linhas que se cruzam e criam figuras duma maneira extremamente harmoniosa e calma, passos de um processo criativo que leva à construção e design do modelo em questão, e, que de acordo com o anúncio, levou a um harmonioso automóvel, onde se destaca a beleza e o prazer de uma condução calma.
O anúncio cria este efeito, leva-nos a querer conduzir o carro e a senti-lo, mas fá-lo de uma maneira diferente, pois leva-nos lá sem mostrar fisicamente o veículo uma única vez.

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