Todos os dias recebemos notícias menos agradáveis sobre a actual situação económica e financeira do país, perspectivando-se tempos ainda piores a avizinharem-se. No entanto, um pouco em contraste com este estado caótico, há também novidades acerca de personalidades portuguesas que enaltecem o facto de em Portugal haver também grandes individualidades nessas mesmas áreas.
Nos últimos tempos, António Borges foi nomeado director do departamento europeu do FMI, e António Horta Osório aceitou tornar-se o novo CEO do Lloyd’s Bank, o maior banco de retalho na Inglaterra e um dos maiores do mundo.

Agora atinge um novo patamar, tornando-se o responsável pelo FMI na Europa, substituindo o polaco Marek Belka, que abandonou o cargo para assumir a presidência do banco central do seu país. Segundo a imprensa, Dominique Strauss-Kahn, presidente do FMI, considerou que António Borges reúne uma grande experiência académica, mas também no sector público e privado, perfilando-se assim como a pessoa ideal para o cargo.
Esta notícia aparece também em bom plano para Portugal, pois, numa altura em que uma nova intervenção do FMI na nossa economia é um cenário cada vez mais provável, o facto de ser alguém com um profundo conhecimento do panorama económico português a organizá-la pode ser bastante positivo.

Assim, Horta Osório mantém-se no topo da hierarquia bancária inglesa, deixando o grupo Santander, onde tinha construído uma carreira notável nos últimos 18 anos. No seio do grupo Santander, António Horta Osório esteve já em Portugal, no Brasil e estava em Inglaterra desde 2006. Para além disso, era já apontado como o mais provável sucessor do actual administrador delegado do grupo espanhol Alfredo Sáenz, e, num futuro próximo, para liderar o banco espanhol como braço direito de Ana Patrícia Botín (que agora o substitui na liderança do Santander UK), filha de Emílio Botín, o presidente do grupo Santander.
Ainda assim, Horta Osório decidiu abraçar um novo desafio e permanecer no Reino Unido, também por razões familiares, uma vez que a continuidade no Santander e a hipotética subida na hierarquia do banco espanhol o iriam provavelmente obrigar a uma mudança para Madrid.
No Lloyd’s Bank, a sua missão será a de “arrumar a casa” e tentar recuperar o colosso britânico após a grave crise económica e financeira que se abateu também sobre a banca, de maneira a criar valor e regressar aos lucros para que o dinheiro que o Governo foi obrigado a investir no Lloyd’s possa ser devolvido, de preferência com lucro, aos contribuintes.
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