sexta-feira, 22 de julho de 2011

Leituras (6) - StoryTelling, de Gabriel García de Oro


Gabriel García de Oro nasceu na cidade de Barcelona, decorria o ano de 1976. Tendo feito a sua formação académica em Filosofia, dedicou a sua carreira à vida empresarial, mais precisamente como criativo na OgilvyOne.
Neste seu livro, StoryTelling – A Magia das Palavras (Lisboa: GestãoPlus Edições / Bertrand, 2011), o autor fala-nos acerca de algumas das dificuldades que actualmente as empresas atravessam, ajudando o leitor a identificá-las e aconselhando-o sobre muitas delas, mas de uma forma curiosa e que acaba por se revelar bastante útil, contando-nos uma história. Não uma história densa e que dure várias páginas, pois a maior parte delas são na verdade anedotas, fábulas e pequenos contos, que demoram pouco a ler.
O que é verdadeiramente interessante e que nos obriga quase que involuntariamente a memorizar a história contada é o comentário feito pelo autor no fim de cada uma. Este comentário, mais do que nos transmitir a moral da história, procura relacioná-la com a vida empresarial, seja em termos de comportamento em grupo ou individual. E é nestas conclusões, também elas curtas mas ricas, que identificamos várias situações pertencentes ao quotidiano de cada trabalhador, de cada líder, de cada gestor.
Após a leitura do conto e do comentário, é fácil identificá-las no nosso próprio dia-a-dia e somos também levados a reflectir um pouco sobre elas, como nos afectam e como podemos mudá-las, levando muitas vezes a um compromisso pessoal de mudança (compromisso esse que muitas vezes acaba por ser esquecido logo ao virar de página, ficando no entanto o esforço).
Para além da reflexão e tentativa de melhoramento pessoal, este livro e estes contos podem também tornar-nos bons contadores de histórias, e, consequentemente, bons professores para este tipo de morais e conselhos. É-nos explicado no prefácio do livro que este tipo de metáforas e combinações de ideias coloca em acção o hemisfério direito do nosso cérebro, que nos torna mais completos, intuitivos e criativos, servindo também como uma maneira mais rápida para atingir as nossas emoções.
Desta forma, para este tipo de lições, uma história é mais completa, criativa e memorizável que um conjunto de números ou estatísticas, daí advindo a importância do Storytelling no contexto empresarial.
Esta importância fica patente na frase que introduz o livro, da autoria do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen: “Os contos servem para adormecer as crianças e despertar os adultos”.
Os contos são cerca de 50 e procuram focar todo um conjunto de vertentes da vida empresarial, como Gestão do Tempo, Gestão do Poder, Liderança, Estratégia, entre muitas outras.
Assim, após a leitura deste livro. ficamos provavelmente mais aptos para despertar os adultos. Ficamos, pelo menos, de certeza com um espólio de contos para adormecer os filhos ou intervir com um certo estilo numa reunião ou entrevista, contando uma história e transmitindo a sua moral.

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