Corria o ano de 1923 quando Walter Elias Disney, chegou a Los Angeles, a capital do cinema, para tentar relançar uma carreira no cinema de animação que tinha já começado em Kansas City, mas sem grande sucesso. Tal como muitos que chegaram a LA para vingar no cinema, Walt Disney pouco mais tinha que esse sonho. A sua situação financeira não era propícia a novos negócios e estava agora numa cidade e numa realidade completamente diferentes. Apesar do panorama, Walt, com espírito empreendedor, alugou uma câmara e montou um estúdio na garagem de um tio. Aí, em parceria com o seu irmão Roy, Walt deu origem à Disney.
Os primeiros tempos foram conturbados. A sua primeira série de filmes, Alice, pouco chegava para manter o estúdio. Quando tentou a sorte com outra série de animação, Oswald the Rabbit, a distribuidora com quem tinha contrato levou-lhe a série e maior parte do seu pessoal. No entanto, foi este pequeno revés que despoletou todo o universo Disney que conhecemos.
Para se lançar de novo, Walt criou uma nova personagem, o rato Mortimer. Por indicação da sua mulher, Lily, o rato deixou de se chamar Mortimer e passou a Mickey. Em 1928, o rato Mickey apareceu no seu primeiro grande filme, Steamboat Willie, que durava 7 minutos e foi o primeiro filme de animação a sincronizar som com imagem.
O sucesso da personagem foi imediato e catapultou a Disney para um novo período. Em 1932, com o filme Flowers & Trees, Disney ganhou o primeiro Óscar atribuído a um filme de animação. Em 1937, Disney lançou a sua primeira longa-metragem, Branca de Neve e os Sete Anões. Ainda na década de 30, Walt Disney implementou um sistema de bónus aos colaboradores, para os premiar pelo seu trabalho e puxar pela sua produtividade.
Com o desenvolver da 2ª Guerra Mundial, o estúdio perdeu acesso aos mercados estrangeiros e passou por algumas dificuldades, mas ainda assim lançou nesse período algumas das suas obras-primas, como Pinóquio, Fantasia, Dumbo e Bambi. Em apenas uma década, Disney passou do simples Steamboat Willie para longas-metragens elaboradas e de grande sucesso.
Apesar do sucesso no cinema, Walt Disney queria expandir o negócio da empresa e pensou num local onde toda a família pudesse ir, pois tinha identificado esta lacuna nos espaços de entretenimento. Assim nasceu o projecto da Disneyland, que abriu em 1955, em Anaheim, na Califórnia. A abertura deste parque foi na altura o lançamento de um conceito totalmente novo de local de entretenimento e serviu de inspiração e de base para muitos outros parques de diversões espalhados pelo mundo.
Nos anos 60, a inovação nos estúdios Disney continuou e daí saíram êxitos como A Bela e o Monstro, ou os 101 Dálmatas. Outro filme com que a Disney marcou profundamente a história do cinema foi Mary Poppins, lançado em 1964, que se diferenciava por ser um filme de animação, mas onde entravam também actores reais, e onde foram introduzidos efeitos especiais de vanguarda.
Em 1966, porém, deu-se um acontecimento que marcou o fim de uma era na empresa. O seu fundador, Walt Disney, faleceu aos 65 anos. Nessa altura, o seu irmão mais velho, Roy, com quem trabalhava já, tomou conta da empresa. Walt Disney era a principal figura da empresa, e admirado por todos, apesar da cultura rígida que tinha imposto na empresa, rigidez essa que se estendia desde um código de vestuário até à pouca capacidade de perdoar erros, entre outros exemplos.
Antes de morrer, Walt Disney projectava já outro parque temático, para o qual já tinha comprado uma vasta porção de terreno na Flórida. O seu irmão continuou essa ideia, e, em 1971, abria o Walt Disney World, em Orlando. Roy Disney faleceu apenas dois meses após a abertura do parque, tendo a gestão da empresa sido assumida por uma equipa de trabalhadores da empresa, que tinham sido já “treinados” pelos dois irmãos.
Em 1983, abriu o primeiro parque temático fora dos EUA, mais precisamente em Tóquio, no Japão. Os japoneses, fãs confessos do universo Disney na altura, reagiram muito bem ao projecto, o que se revelou nas taxas de afluência ao parque.
No entanto, nem tudo ia bem no mundo Disney. Devido essencialmente à estrutura de custos pesada, os estúdios passavam por um período de pouca saúde financeira. Esta situação precipitou uma mudança na gestão e, em 1984, Michael Eisner e Frank Wells tornaram-se os novos CEO da empresa.
A nova direcção acreditava que a Disney não podia continuar a ser vista como um estúdio de cinema e uma gestora de parques de diversões, mas que tinha que passar para uma nova dimensão e ser considerada uma empresa de entretenimento familiar. Esta política levou assim a uma expansão da marca e a uma maior exploração da rentabilidade das suas personagens e dos seus recursos. Foram abertas mais lojas Disney e produzidos muitos mais produtos de merchandising das personagens favoritas da Disney. Em relação aos filmes, foram lançadas novas edições dos grandes clássicos, e grande parte dos filmes realizados nessa altura foram êxitos de bilheteira. Este ímpeto expansionista só terminou com a abertura da Euro Disney, em Paris, no ano de 1992.
Poucos anos depois, os filmes de animação tiveram uma nova fornada, com sucessos como Pocahontas, Rei Leão, Corcunda de Notre Dame ou Mulan, a serem lançados com poucos anos de intervalo. No ano de 1995, iniciou-se também a pareceria entre a Disney e a Pixar, empresa de Steve Jobs, com a produção do primeiro filme de animação digital, Toy Story. Desde então, essa parceria tem sido responsável por muitos dos últimos sucessos da Disney.
Em 1996, a empresa deu um passo de gigante no que toca a expansão do negócio, ao avançar para a compra do grupo Capital Cities/ABC, pela quantia de 19 biliões de dólares, adquirindo assim um dos maiores grupos de media americanos, dono de vários canais de televisão, estações de rádio e jornais.
No ano de 2005, Robert Iger tornou-se o novo CEO da empresa, tendo esta entrado um novo ciclo de crescimento. Uma das suas primeiras grandes decisões foi a de adquirir a Pixar, com quem a Disney tinha já uma produtiva parceria. Nos anos seguintes sob a gestão de Iger, a Disney registou lucros elevados, devido ao sucesso de vários dos filmes, como a série Piratas das Caraíbas, ou séries na ABC como Donas de Casa Desesperadas ou Anatomia de Grey.
Em toda a sua história, a Disney tem mudado bastante, mas tem conseguido manter durante toda a sua história a mística e a magia que envolvem o seu universo, estendendo-se isso não só aos consumidores mas também a todos os colaboradores. A sua história mostra-nos também que uma clara definição da actividade da empresa e do mercado em que se quer inserir, bem como um total aproveitamento dos seus recursos fazem toda a diferença entre uma situação complicada e um sucesso estrondoso.
Os primeiros tempos foram conturbados. A sua primeira série de filmes, Alice, pouco chegava para manter o estúdio. Quando tentou a sorte com outra série de animação, Oswald the Rabbit, a distribuidora com quem tinha contrato levou-lhe a série e maior parte do seu pessoal. No entanto, foi este pequeno revés que despoletou todo o universo Disney que conhecemos.
Para se lançar de novo, Walt criou uma nova personagem, o rato Mortimer. Por indicação da sua mulher, Lily, o rato deixou de se chamar Mortimer e passou a Mickey. Em 1928, o rato Mickey apareceu no seu primeiro grande filme, Steamboat Willie, que durava 7 minutos e foi o primeiro filme de animação a sincronizar som com imagem.
O sucesso da personagem foi imediato e catapultou a Disney para um novo período. Em 1932, com o filme Flowers & Trees, Disney ganhou o primeiro Óscar atribuído a um filme de animação. Em 1937, Disney lançou a sua primeira longa-metragem, Branca de Neve e os Sete Anões. Ainda na década de 30, Walt Disney implementou um sistema de bónus aos colaboradores, para os premiar pelo seu trabalho e puxar pela sua produtividade.
Com o desenvolver da 2ª Guerra Mundial, o estúdio perdeu acesso aos mercados estrangeiros e passou por algumas dificuldades, mas ainda assim lançou nesse período algumas das suas obras-primas, como Pinóquio, Fantasia, Dumbo e Bambi. Em apenas uma década, Disney passou do simples Steamboat Willie para longas-metragens elaboradas e de grande sucesso.
Apesar do sucesso no cinema, Walt Disney queria expandir o negócio da empresa e pensou num local onde toda a família pudesse ir, pois tinha identificado esta lacuna nos espaços de entretenimento. Assim nasceu o projecto da Disneyland, que abriu em 1955, em Anaheim, na Califórnia. A abertura deste parque foi na altura o lançamento de um conceito totalmente novo de local de entretenimento e serviu de inspiração e de base para muitos outros parques de diversões espalhados pelo mundo.
Nos anos 60, a inovação nos estúdios Disney continuou e daí saíram êxitos como A Bela e o Monstro, ou os 101 Dálmatas. Outro filme com que a Disney marcou profundamente a história do cinema foi Mary Poppins, lançado em 1964, que se diferenciava por ser um filme de animação, mas onde entravam também actores reais, e onde foram introduzidos efeitos especiais de vanguarda.
Em 1966, porém, deu-se um acontecimento que marcou o fim de uma era na empresa. O seu fundador, Walt Disney, faleceu aos 65 anos. Nessa altura, o seu irmão mais velho, Roy, com quem trabalhava já, tomou conta da empresa. Walt Disney era a principal figura da empresa, e admirado por todos, apesar da cultura rígida que tinha imposto na empresa, rigidez essa que se estendia desde um código de vestuário até à pouca capacidade de perdoar erros, entre outros exemplos.
Antes de morrer, Walt Disney projectava já outro parque temático, para o qual já tinha comprado uma vasta porção de terreno na Flórida. O seu irmão continuou essa ideia, e, em 1971, abria o Walt Disney World, em Orlando. Roy Disney faleceu apenas dois meses após a abertura do parque, tendo a gestão da empresa sido assumida por uma equipa de trabalhadores da empresa, que tinham sido já “treinados” pelos dois irmãos.
Em 1983, abriu o primeiro parque temático fora dos EUA, mais precisamente em Tóquio, no Japão. Os japoneses, fãs confessos do universo Disney na altura, reagiram muito bem ao projecto, o que se revelou nas taxas de afluência ao parque.
No entanto, nem tudo ia bem no mundo Disney. Devido essencialmente à estrutura de custos pesada, os estúdios passavam por um período de pouca saúde financeira. Esta situação precipitou uma mudança na gestão e, em 1984, Michael Eisner e Frank Wells tornaram-se os novos CEO da empresa.
A nova direcção acreditava que a Disney não podia continuar a ser vista como um estúdio de cinema e uma gestora de parques de diversões, mas que tinha que passar para uma nova dimensão e ser considerada uma empresa de entretenimento familiar. Esta política levou assim a uma expansão da marca e a uma maior exploração da rentabilidade das suas personagens e dos seus recursos. Foram abertas mais lojas Disney e produzidos muitos mais produtos de merchandising das personagens favoritas da Disney. Em relação aos filmes, foram lançadas novas edições dos grandes clássicos, e grande parte dos filmes realizados nessa altura foram êxitos de bilheteira. Este ímpeto expansionista só terminou com a abertura da Euro Disney, em Paris, no ano de 1992.
Poucos anos depois, os filmes de animação tiveram uma nova fornada, com sucessos como Pocahontas, Rei Leão, Corcunda de Notre Dame ou Mulan, a serem lançados com poucos anos de intervalo. No ano de 1995, iniciou-se também a pareceria entre a Disney e a Pixar, empresa de Steve Jobs, com a produção do primeiro filme de animação digital, Toy Story. Desde então, essa parceria tem sido responsável por muitos dos últimos sucessos da Disney.
Em 1996, a empresa deu um passo de gigante no que toca a expansão do negócio, ao avançar para a compra do grupo Capital Cities/ABC, pela quantia de 19 biliões de dólares, adquirindo assim um dos maiores grupos de media americanos, dono de vários canais de televisão, estações de rádio e jornais.
No ano de 2005, Robert Iger tornou-se o novo CEO da empresa, tendo esta entrado um novo ciclo de crescimento. Uma das suas primeiras grandes decisões foi a de adquirir a Pixar, com quem a Disney tinha já uma produtiva parceria. Nos anos seguintes sob a gestão de Iger, a Disney registou lucros elevados, devido ao sucesso de vários dos filmes, como a série Piratas das Caraíbas, ou séries na ABC como Donas de Casa Desesperadas ou Anatomia de Grey.
Em toda a sua história, a Disney tem mudado bastante, mas tem conseguido manter durante toda a sua história a mística e a magia que envolvem o seu universo, estendendo-se isso não só aos consumidores mas também a todos os colaboradores. A sua história mostra-nos também que uma clara definição da actividade da empresa e do mercado em que se quer inserir, bem como um total aproveitamento dos seus recursos fazem toda a diferença entre uma situação complicada e um sucesso estrondoso.
Sem comentários:
Enviar um comentário